
Passe um Natal descansado: saiba onde, como e quando atacam os ladrões e os cuidados que deve ter
O número de sinais que os assaltantes utilizam para saber quando assaltar está a aumentar.
Atualmente é utilizada uma nova simbologia para saber qual a melhor altura para arrombar uma casa. Os ladrões têm técnicas para descobrir se uma casa está habitada ou não, dessa forma é aconselhável que peça a um familiar ou vizinho de confiança que entre em sua casa e a inspecione para desviar a atenção dos ladrões.
A ‘Securitas Direct’, empresa especializada em alarmes em Portugal, gere um milhão de dispositivos e permanece ativa 24 horas por dia, 365 dias por ano, e alertou para os 10 sinais mais comuns utilizados pelos assaltantes para comunicarem:
A aproximar-se a época natalícia, uma altura em que muitos portugueses deixam as suas casas para as festividades, falámos com Luís Quintino, diretor de Operações da ‘Securitas Direct’ em Portugal sobre a situação no nosso país e a conclusão pode assustar: os roubos não só estão a aumentar em todo o país mas também a violência dos mesmos tem crescido.
Quais as cidades mais afetadas pelos roubos? E, nessas cidades, as freguesias mais atingidas? E a zona mais ‘sossegada’ em Portugal onde a Securitas esteja representada?
Segundo dados dos primeiros seis meses de 2023, Viseu, Bragança, Coimbra, Évora e Beja são os distritos mais seguros do país, segundo o Barómetro da ‘Securitas Direct’. Já em sentido contrário, os Açores são a zona com mais incidências. Em Portugal continental, temos verificado um aumento dos assaltos e tentativas de assaltos nas zonas costeiras (distritos como Algarve, Leiria e Aveiro), muito associadas a segundas residências, ainda que os distritos com mais incidências sejam Porto, Lisboa e Setúbal.
A que horas é mais habitual haver assaltos? Noite-tarde-manhã-madrugada?
Não olhando para “períodos”, mas sim para horários concretos, nos primeiros seis meses de 2023, no setor residencial os períodos de menor segurança registam-se entre as 9h e as 11h e entre as 17h e as 19h. Já nos negócios, a maioria dos assaltos ocorrem entre as 3h e as 4h.
Se possível, qual é a ‘casa tipo’ mais vulnerável? As ocupadas/desocupadas? Se ocupadas, é por uma pessoa ou mais? Vivendas ou apartamentos?
No setor residencial, as vivendas costumam ser casas mais “vulneráveis” do que os apartamentos devido a serem habitações mais isoladas ou com maior facilidade de entrada do que um apartamento, que conta com vários vizinhos e maior frequência de entrada e saída no prédio.
Já no setor de negócios, os pequenos negócios – lojas e restaurantes – acabam por ser os mais “vulneráveis” e aqueles que sofrem mais tentativas de assalto. Além disso, as segundas habitações acabam por ser as casas mais vulneráveis. Com os proprietários mais tempo longe, estas habitações tornam-se mais “apetecíveis” para os assaltantes e alvos mais fáceis porque o tempo de resposta dos donos é também mais lento e pode nem acontecer, a não ser que exista um alarme que permita perceber que algo está a acontecer.
Em 2023, há mais assaltos do que no ano anterior? Nos últimos cinco anos, há uma tendência crescente ou decrescente no número de assaltos? Qual foi o ano mais destacado? Desde a pandemia, houve um aumento significativo do número de assaltos?
Os dados dos primeiros seis meses do ano mostram que os assaltos subiram 11% em Portugal, em comparação com o mesmo período do ano de 2022, e até setembro de 2023 registou-se um aumento de 13%, face ao mesmo período do ano anterior. Um dado que ganha ainda maior importância se pensarmos que já em 2022, o número de assaltos ou tentativas de assalto até setembro tinha crescido cerca de 17% em comparação com 2021.
Além disso, se olharmos para os números globais dos anos anteriores, em 2022 a ‘Securitas Direct’ registou um aumento de 15% nos assaltos e tentativas de assalto, face a 2021. Contudo, além da subida dos assaltos, também a violência nesses mesmos roubos tem aumentado. Desde a pandemia que se tem verificado um aumento nos assaltos violentos e nas técnicas usadas para consumar esses assaltos.
Tem havido evolução da venda dos alarmes: ou seja, os portugueses estão mais atentos e cuidadosos? Pedem mais serviços associados?
Nos últimos 10 anos, no caso da ‘Securitas Direct’, tivemos um crescimento de 110% em clientes e de mais de 30% desde o início da pandemia. São números que mostram bem que os portugueses estão mais atentos e cuidadosos com os seus bens, especialmente desde o início da Covid-19.
Os portugueses querem cada vez mais um serviço de alarme monitorizado nas suas casas e empresas, mas também serviços que lhes permitem uma proteção integral, em situações em que estão fora de casa. Serviços que tenham a possibilidade de os acompanhar quando vão correr ou caminhar e que, em caso de emergência, possam ser acionados e garantam a assistência necessária. É nesse sentido que temos trabalhado, com uma aposta constante na inovação para responder às novas técnicas de roubo e às necessidades dos clientes.
É nesse contexto que surgem alarmes diferenciadores como o ZeroVision, sistema que liberta fumo na divisão ao ser detetada uma intrusão, dificultando a visão do ladrão e expulsando-o, ou o Guardian Verisure, um serviço que permite acompanhar as pessoas em qualquer situação na rua, quando vão correr, dar um passeio na montanha ou estão a regressar a casa e ser alertado com a precisão do sistema de GPS para o local onde a pessoa se encontra caso surja alguma emergência.
Quantos assaltos terão sido evitados devido à presença dos alarmes? Ou seja, aqueles que afugentaram os ladrões ou que permitiu a chegada de forças de segurança?
Não existe um número concreto que possamos dar relativamente a esta situação, além disso, é muito complicado comparar de forma correta e homogénea habitações. Sabemos, pela nossa experiência, que uma casa que tenha um alarme e uma placa que indica que está protegida é menos vezes assaltada do que a casa ao lado que não tenha proteção. Ou seja, os assaltantes estão atentos ao facto de os proprietários terem alarmes no momento da tentativa de assalto e acaba por ser logo um elemento dissuasor.
Contudo, existem também soluções como o ZeroVision, um produto diferenciador e que veio mudar o paradigma, já que dificulta a ação dos assaltantes, caso entrem numa casa protegida. Este alarme liberta um fumo intenso na divisão em que é acionado, dificulta a visão do assaltante e tenta minimizar o impacto do assalto e/ou afugentar os ladrões. Esta acaba por ser uma ação proativa a partir da CRA (Central Recetora de Alarmes) para que expulse o ladrão e não permita que o roubo aconteça como era pretendido.