Papa Francisco vai ter alta amanhã “para poder presidir à Semana Santa”

Espera-se que o Papa Francisco tenha alta do hospital Gemelli, situado na capital italiana, Roma, este sábado “para poder presidir a todos os ritos da Semana Santa”, divulgou o cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio dos Cardeais.

“O Papa, com base nas informações que tenho, deixará o Gemelli amanhã (sábado), para poder presidir a todos os rituais da Semana Santa”, revelou o cardeal Battista Re à agência italiana Adnkronos, citado pelo jornal RAI, ao destacar que os médicos responsáveis pelo Papa dizem que não há motivo para preocupação.

“Com o Papa, em cada celebração, haverá um cardeal celebrante que se encarregará dos momentos litúrgicos junto ao altar. O Cardeal Sandri celebrará o Domingo de Ramos, eu, o domingo de Páscoa. O Papa estará presente na benção Urbi et Orbi, lerá a mensagem e presidirá a todos os rituais”, esclareceu o decano.

Francisco, que foi internado no dia 29, com problemas respiratórios e cardíacos, passou uma “noite tranquila” de quarta para quinta-feira.

Fontes médicas precisaram que os níveis de oxigénio no sangue do Papa estão bem e que este fez os exames necessários para excluir problemas de saúde mais graves.

Numa entrevista recente à agência de notícias norte-americana Associated Press, Francisco revelou que tinha voltado a sofrer de diverticulite, o problema que o levara a submeter-se, em 2021, a uma intervenção cirúrgica em que lhe foi retirada uma parte do cólon, mas que estava bem de saúde.

Desde então, o seu único problema de saúde visível era no joelho direito, obrigando-o a deslocar-se de cadeira de rodas, tendo em diversas ocasiões afirmado que não quer ser operado, devido à reação negativa que teve à anestesia na cirurgia de 2021.

Francisco afirmou já que poderá abdicar do cargo, como fez o seu antecessor, Bento XVI, se o seu estado de saúde o impedir de continuar a fazer o seu trabalho.
Nesse sentido, o Papa revelou, em dezembro de 2022, que assinou uma carta de demissão para ser usada caso ele fique incapacitado de desempenhar as suas funções por motivos de saúde.

*com Lusa

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