
Os mistérios do ADN de Putin: O que revela a análise genética ao líder russo?
Uma investigação que envolveu hackers, especialistas em genética, historiadores, psiquiatras e analistas de Moscovo revelou detalhes inéditos sobre a composição genética do presidente russo, Vladimir Putin. Entre as conclusões do estudo, surgem indícios de mutações associadas a traços como paranoia e possíveis doenças hereditárias.
A saúde de Vladimir Putin tem sido um dos grandes mistérios do seu governo. O líder russo tem adotado medidas extremas para evitar a divulgação de qualquer informação sobre o seu estado físico, incluindo a recolha e transporte secreto da sua urina e fezes. Esta prática tem sido relatada por especialistas em política russa, como Farida Rustamova, antiga jornalista da BBC, que afirmou que Putin viaja sempre com uma casa de banho portátil para evitar que amostras biológicas possam ser analisadas por terceiros.
Durante visitas ao estrangeiro, agentes do Serviço Federal de Guarda da Rússia (FSO) são responsáveis por recolher os resíduos biológicos do presidente e transportá-los de volta para Moscovo em malas especiais. Segundo Rustamova, esta prática visa esconder informações sobre eventuais doenças que Putin possa ter. Em algumas situações, é mesmo instalada uma casa de banho exclusiva para o presidente russo em visitas oficiais, garantindo que os seus resíduos não fiquem acessíveis.
O ADN de um familiar revela segredos
Dado o elevado sigilo em torno da saúde de Putin, a investigação teve de recorrer a um parente do presidente para obter amostras genéticas. O portal TSN revelou que foi através do ADN de Mikhail Putin, um sobrinho do presidente, que os especialistas conseguiram obter informações sobre a composição genética do líder russo.
A análise genética realizada em Moscovo revelou dados preocupantes. Segundo Dmytro Mykytenko, especialista em genética médica envolvido no estudo, o ADN descodificado continha mutações associadas a um risco aumentado de paranóia. “Nos dados de ADN descodificados a que tivemos acesso, vimos uma secção rotulada com mutações genéticas alarmantes, incluindo paranóia”, revelou Mykytenko.
O especialista acrescentou que algumas pessoas são naturalmente mais resilientes, enquanto outras são mais vulneráveis ao ambiente social e político. “Dado o poder absoluto, pode alguém geneticamente vulnerável perder o contacto com a realidade? Pode ser hereditário? Em parte, sim. Mikhail herdou estas variantes genéticas tanto da mãe como do pai, embora não seja possível determinar com exatidão de qual dos lados vieram estas características”, explicou o geneticista.
Além das implicações psicológicas, o estudo também levantou questões sobre possíveis doenças hereditárias que podem afetar Putin. O presidente russo foi várias vezes visto com tremores nas mãos, o que gerou especulações sobre problemas neurológicos. A investigação apontou para um risco elevado de doença de Dupuytren, uma condição que causa a formação de nódulos nas palmas das mãos, levando à deformidade dos dedos.
“Esta doença afecta maioritariamente homens acima dos 45 anos e tem uma forte componente hereditária. Embora não possamos diagnosticar clinicamente Putin ou o seu sobrinho, sabemos que pelo menos um deles tem predisposição genética confirmada por testes”, concluiu Mykytenko.
Os resultados desta investigação lançam luz sobre um dos aspectos mais secretos da vida de Vladimir Putin. O presidente russo tem sido alvo de especulações sobre o seu estado de saúde desde o início da guerra na Ucrânia, com rumores a sugerirem possíveis doenças graves. No entanto, nunca houve confirmação oficial e qualquer informação sobre a sua saúde é tratada como um segredo de Estado.
Apesar destas novas revelações, Putin continua a ser um dos líderes mundiais mais enigmáticos, mantendo um controlo absoluto sobre a sua privacidade e evitando qualquer fuga de informação que possa comprometer a sua imagem. O estudo genético agora divulgado é apenas um vislumbre do que pode estar por trás do mistério que envolve a sua saúde e a sua natureza psicológica.