Obras na moradia luxuosa de Montenegro são realizadas por empreiteiro em falência

As obras na polémica moradia de Luís Montenegro em Espinho foram realizadas por um empreiteiro em situação de falência: segundo o ‘Correio da Manhã’, a Rui Mota Oliveira Services Lda. (RMO) foi alvo no início de 2020 – ano da construção da habitação do primeiro-ministro – de um Processo Especial de Revitalização (PER) e, passados poucos meses, admitiu falência.

A RMO, relatou a publicação diária, ficou responsável pela construção da moradia de luxo em novembro de 2016, rendendo a Construções Objectivo Brick, do ex-presidente social-democrata da Junta de Freguesia de Silvalde, José Marco Rodrigues, que realizou as obras de demolição da casa que estava “em avançado estado de degradação”.

Luís Montenegro comunicou à autarquia a suspensão das obras até janeiro de 2020, na mesma altura em que a RMO entrou com um PER, que não viria a ter qualquer efeito: em junho estaria em situação de falência. Fica a dúvida sobre quem terminou as obras.

As contas de José Ribeiro Gonçalves, administrador de insolvência da Rui Mota Olveira Services (RMO) apontaram para um passivo superior a 3 milhões de euros: seriam apreendidos três carros, material de escritório e de construção para pagar aos credores.

Recorde-se que o primeiro-ministro demissionário apresentou à Câmara de Espinho, em fevereiro de 2016, o projeto de demolição da casa antiga para avançar com a construção de um edifício destinado a habitação unifamiliar no mesmo local.

Cinco quartos, oito casas de banho, garagem: moradia de luxo de Montenegro em Espinho foi construída ‘a preço de saldo’