O que eu poderia ensinar ao ‘eu’ mais jovem sobre dinheiro?

Muitas vezes utilizamos a expressão “Se eu soubesse o que sei hoje…”. E isto também se aplica às finanças, porque se pudéssemos dar conselhos financeiros ao nosso ‘eu’ mais jovem, muitas seriam as dicas para dar.

Imagine por um momento que teria a oportunidade de enviar uma carta para o seu ‘eu’ mais jovem, dando conselhos valiosos sobre como lidar com dinheiro. O que diria?

Estes são os nossos conselhos:

 

1) O poder dos juros compostos

Os juros compostos são uma forma de calcular o rendimento de um capital ao longo do tempo, tendo em consideração não apenas o valor inicial investido, mas também os juros acumulados ao longo de cada período. A principal característica dos juros compostos é que, a cada período, os juros são calculados sobre o montante total acumulado até o momento, incluindo os juros anteriores.

Ter uma boa noção de como funcionam os juros compostos pode poupar muitos problemas, e é uma estratégia que funciona a seu favor na hora de poupar e investir.

Deve começar a poupar desde cedo, porque quanto mais cedo começar a poupar, maior é o benefício dos juros compostos.

E pode começar com pouco, nem que sejam apenas 25 euros por mês. Mas uma parte crucial da poupança a longo prazo é construir e fortalecer o hábito, o que muitas vezes envolve começar aos poucos.

 

2) Cuidado com as taxas

Seja qual for a sua escolha para investir o seu dinheiro, é fundamental manter os custos baixos. Quanto menos pagar em taxas, maiores serão os ganhos do investimento. Com o tempo, mesmo as pequenas taxas podem fazer uma grande diferença no que vai parar no seu bolso.

A plataforma de investimento cobra uma taxa de conta? Há custos de gestão e negociação de fundos? Há taxas extra? Deve ter noção disto tudo.

 

3) Invista num PPR

Um Plano de Poupança Reforma (PPR) é um instrumento financeiro que lhe permite rentabilizar o seu dinheiro a longo prazo, tendo o objetivo de complementar a sua reforma.

O que quer isto dizer? Significa que apesar de muitas pessoas subscreverem um PPR com o objetivo de criar uma poupança que vai servir de complemento à reforma, o que garante mais estabilidade nesse período, o Plano de Poupança Reforma pode também servir como poupança de médio prazo, uma vez que pode ser resgatado antes da idade da reforma. Neste caso, vai beneficiar de uros superiores aos de um depósito a prazo e retirar o dinheiro quando quiser, dependendo do contrato do produto.

Contudo, para não sair penalizado com o resgate, precisa de escolher um PPR que se adapte a este objetivo e não pode usufruir dos benefícios fiscais. Isto significa que terá de ler bem as condições contratuais do produto e fazer contas às comissões e penalizações que podem existir.