O preço destes três metais vai disparar até 2040 e a “culpa” é da transição climática
A transição energética renovável vai transformar a procurar por três metais nos próximos anos. Segundo o relatório da consultora Wood Mackenzie, as novas políticas verdes dos Governos, por todo o mundo, de forma a cumprir o Acordo de Paris, assinado em 2015, vai aumentar a procura por alumínio, cobre e zinco.
Alumínio
Para a Wood Mackenzie, ” se até o final do século, as temperaturas subirem entre 2,8 a 3 graus Celsius, a procura por alumínio, um elemento fundamental para a construção de países solares, vai chegar aos 4,6 milhões de toneladas em 2040, uma subida considerável, tendo em conta os 2,4 milhões de toneladas, transacionadas em 2020.
Se, porém, a temperatura global se mantiver entre 1,5 e 2 graus Celsius, a procura vai bater entre os 8,5 milhões e os 10 milhões de toneladas anuais, até 2040.
O relatório prevê ainda que até este ano, 12,6% da procura por este metal partirá do setor da produção e distribuição de energia solar.
Cobre
O documento salienta que a procura por cobre, o material amplamente utilizado nos cabos de transmissão de alta e baixa tensão e coletores solares térmicos, passará das 400 mil toneladas transacionadas em 2020, para as 700.000, por ano, até 2040.
Caso a temperatura se mantenha pelos dois graus Celsius, o relatório aponta para as 1,3 milhões de toneladas, até esta mesma data, se, porém, o termômetro mundial ficar por um aumento de 1,5 a 1,6 graus Celsius, a procura pelo “metal vermelho” atingirá as 1,6 milhões de toneladas, por ano.
Zinco
Assim como o alumínio, o zinco é outro elemento importante, na construção de painéis solares. Atualmente são transacionadas, só para o setor da energia solar, 400 mil toneladas, por ano.
Para a Wood Mackenzie, se as temperaturas globais estiverem a caminho de subir para os 3 graus Celsius, a procura por zinco atingirá mais de 800 mil toneladas, por ano, até 2040.
Caso a temperatura da Terra aumente apenas 2 graus Celsius, o consumo de zinco aumentará para os 1,7 milhões de toneladas, por ano, até 2040.
Se, porém, o aquecimento global aumentar, no máximo, 1,5 graus Celsius, o consumo de zinco no setor solar aumentará para 2,1 milhões de toneladas, por ano, até à mesma data, segundo a mesma consultora.