Confiança dos consumidores e clima económico diminuem em março

Segundo os resultados dos “Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores” do Instituto Nacional de Estatística (INE), a deterioração da confiança dos consumidores em março “resultou sobretudo do contributo negativo das perspetivas de evolução futura da situação económica do país, e em menor grau, das expectativas de evolução da situação financeira do agregado familiar e de realização de compras importantes por parte das famílias.”

O saldo das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços diminuiu em fevereiro e março, contrariando o aumento registado no mês anterior, enquanto o saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços aumentou nos últimos dois meses, após recuar em janeiro, atingindo o máximo desde novembro de 2022.

Já o indicador de clima económico, baseado em inquéritos às empresas, diminuiu nos últimos três meses, interrompendo o movimento ascendente observado desde setembro, com a confiança a diminuir em todos os setores: construção e obras públicas, serviços e, ligeiramente, no comércio e na indústria transformadora.

Segundo o INE, o indicador de confiança da construção e obras públicas interrompeu em março a subida registada nos últimos cinco meses, refletindo o contributo negativo das perspetivas de emprego.

No setor dos serviços, todas as componentes contribuíram negativamente para a evolução do indicador de confiança, desde as opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas, às apreciações sobre a atividade da empresa e às perspetivas relativas à evolução da procura.

Quanto ao comércio, a diminuição do indicador refletiu apenas o contributo negativo das perspetivas de atividade da empresa.

Por sua vez, na indústria transformadora, as perspetivas de produção e as opiniões sobre a evolução da procura global contribuíram negativamente para a evolução do indicador de confiança.

De acordo com o INE, o saldo de respostas das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuiu em março na construção e nos serviços, tendo aumentado no comércio e, pelo quarto mês consecutivo, na indústria transformadora.