Número de mortes devido ao calor extremo pode mais do que quadruplicar até 2050, alerta estudo

O número de mortes devidas ao calor extremo pode mais do que quadruplicar até 2050, um aumento estimado de 370%, alertou esta quarta-feira o estudo ‘Lancet Countdown’: mais 525 milhões de pessoas deverão enfrentar insegurança alimentar moderada ou severa até meados do século, num cenário de aumento global da temperatura média de 2 graus Celsius em comparação ao período pré-industrial.

“A mensagem mais importante deste relatório é que a inação climática está hoje a custar vidas, entre aqueles que menos contribuíram para as emissões globais, mas que estão a ser mais duramente atingidos”, referiu, ao jornal ‘Público’, Niheer Dasandi, professor da Universidade de Birmingham (Reino Unido).

De acordo com o estudo, o mundo tem “poucos sinais de progresso” desde 2022, acusando os Governos, empresas e bancos de “negligência”. “A inação acarreta um enorme custo humano e não podemos permitir este nível de desligamento. Estamos a pagar em vidas. Cada momento que adiamos torna o caminho para um futuro habitável mais difícil e a adaptação cada vez mais cara e desafiadora”, indicou Marina Romanello, na University College London.

“Com 1.337 toneladas de dióxido de carbono ainda emitidas a cada segundo, não estamos a reduzir as emissões com rapidez suficiente para manter os riscos climáticos dentro dos níveis suportáveis pelos nossos sistemas de saúde”, alertou Romanello.




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