“Noite difícil para a cidade de Lisboa”: Moedas lamenta seis feridos causados pelo mau tempo

Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, lamentou esta quinta-feira seis feridos devido aos efeitos do mau tempo na capital.

“Demos uma resposta muito rápida, seja da Polícia Municipal, os nossos bombeiros e Proteção Civil, as nossas freguesias, a Higiene Urbana. Conseguimos ir rapidamente para as zonas prioritárias, com muitas dificuldades, mas a cidade está a funcionar”, começou por dizer o autarca, garantindo haver 22 estradas ainda constrangidas.

“Há ainda a lamentar seis feridos, um polícia municipal, um PSP – que estava na guarita localizada perto da Embaixada dos EUA, que voou -, dois bombeiros e dois munícipes”, referiu, após uma reunião com a Proteção Civil municipal. “Foram ferimentos de certa forma ligeiros. Estão em observação.”

“Foi um noite difícil para a cidade, com o vento com uma violência que há muito não se via, na ordem dos 120 km/h. Foi algo realmente muito único, mas respondemos bem e com rapidez. Pedimos às pessoas para reportar todos os casos, mas ainda vamos ter dias pela frente para colocar tudo a funcionar.”

Os danos, indicou Carlos Moedas, resultaram na queda de mais de 300 árvores em Lisboa e um “série de estruturas, publicitárias, de sinalização, as chamadas estruturas verticais, que caíram em muitos pontos da cidade”. “Tenho informação de que está a acontecer a normalidade” na cidade de Lisboa.

“Agora, espera-se nas próximas horas uma continuação de chuva. Nada de preocupante. Não há risco de cheia”, concluiu o presidente da autarquia.

A depressão Martinho causou em Lisboa ferimentos pelo menos 638 ocorrências até às 10 horas, sobretudo quedas de árvores, anunciou hoje o presidente da Câmara, Carlos Moedas. Cerca de metade das ocorrências deveram-se a quedas de árvores, devido ao vento forte, e às 10 horas estavam ainda 22 vias condicionadas ao trânsito no concelho.

Foram registadas em Portugal continental mais de 4.000 ocorrências relacionadas com o mau tempo entre as 00:00 e as 07:00, a maioria quedas de árvores e estruturas, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). “Temos o registo acumulado desde as 00:00 de dia 19 [quarta-feira] até às 07:00 de dia 20 [hoje] de 4.214 ocorrências das quais 2.314 quedas de árvores, 1.169 quedas de estruturas, 643 limpezas de via, 45 movimentos massa e 38 inundações”, disse à agência Lusa José Miranda, da ANEPC, indicando que as regiões mais afetadas foram a Sub-Região da Grande Lisboa com 1.452 ocorrências, a Península de Setúbal com 456 e a Sub-Região do Oeste com 329.

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