Neste país já 10% de todos os trabalhadores são robots

A Coreia do Sul alcançou um marco impressionante no domínio da automação: atualmente, 10% da sua força de trabalho é composta por robots. Este avanço tecnológico surge como uma possível resposta aos desafios demográficos que o país enfrenta, incluindo o declínio acentuado da taxa de natalidade.

Ainda que a robótica seja apenas uma solução parcial a crise demográfica na Coreia do Sul continua a ser um problema de grande magnitude. Em 2023, a taxa de fertilidade atingiu um recorde mínimo de 0,72, levando o presidente Yoon Suk Yeol a classificar o declínio da natalidade como uma “emergência nacional”. Mesmo com mais de 200 mil milhões de euros investidos em programas de fertilidade ao longo dos últimos 18 anos, os resultados têm sido limitados.

Para enfrentar esta realidade, o governo sul-coreano criou um novo ministério dedicado às questões demográficas, incluindo o envelhecimento da população, a imigração e a habitação.

Reconhecida pelos seus setores de eletrónica e automóveis, a Coreia do Sul regista uma densidade robótica impressionante, com 1.102 robots por cada 10.000 trabalhadores. Este número coloca o país muito à frente de Singapura, que ocupa o segundo lugar com 770 robots por 10.000 trabalhadores, e também ultrapassa significativamente outras potências da manufatura, como o Japão e a China.

De acordo com o Relatório Mundial de Robótica 2024, da Federação Internacional de Robótica (IFR), a densidade robótica global tem crescido em média 5% ao ano desde 2018. O relatório também destaca o desempenho de Singapura, cuja posição elevada se deve ao seu tamanho reduzido e à natureza limitada do seu setor manufatureiro.

Reconhecida pelos seus setores de eletrónica e automóveis, a Coreia do Sul regista uma densidade robótica impressionante, com 1.102 robots por cada 10.000 trabalhadores. Este número coloca o país muito à frente de Singapura, que ocupa o segundo lugar com 770 robots por 10.000 trabalhadores, e também ultrapassa significativamente outras potências da manufatura, como o Japão e a China.

De acordo com o Relatório Mundial de Robótica 2024, da Federação Internacional de Robótica (IFR), a densidade robótica global tem crescido em média 5% ao ano desde 2018. O relatório também destaca o desempenho de Singapura, cuja posição elevada se deve ao seu tamanho reduzido e à natureza limitada do seu setor manufatureiro.

Ásia no topo da automação global
A Ásia é líder mundial em automação, com uma densidade média de 182 robots por cada 10.000 empregados na manufatura, um aumento de 7,6% face aos anos anteriores. Coreia do Sul, Singapura, China e Japão destacam-se entre as 10 economias mais automatizadas do mundo, reforçando a posição dominante da região neste campo.

Andrew Oros, professor no Washington College, sublinha à Newsweek o papel da tecnologia na compensação da diminuição da força de trabalho nas grandes economias do Leste Asiático. No entanto, alerta para os perigos do que denomina “materialismo demográfico”, referindo-se à excessiva dependência de soluções tecnológicas para resolver problemas estruturais.

Com planos robustos de investimento e liderança em automação, a Coreia do Sul posiciona-se como um exemplo global de adaptação às mudanças demográficas e económicas através da inovação tecnológica.