
“Não podem negociar nas nossas costas”: Zelensky adia visita à Arábia Saudita para 10 de março
Volodymyr Zelensky adiou a sua visita à Arábia Saudita, prevista para esta quarta-feira: o presidente ucraniano só se deslocará a Riade até 10 de março.
“Não quero coincidências: é por isso que não vou para a Arábia Saudita”, limitou-se a dizer, quando questionado se planeava encontrar a delegação dos EUA na Arábia Saudita – Zelensky indicou que não tinha certeza de quem havia saído e quem havia ficado, então preferia não ir. “As negociações não devem acontecer nas nossas costas. Têm de ser justas e à mesa.”
O líder da Ucrânia esteve reunido esta terça-feira com Tayyip Erdogan em Ancara e afirmou que irá procurar “garantias de segurança” dos Estados Unidos, da União Europeia e da Turquia para qualquer acordo de paz com a Rússia, no conflito quase a completar três anos.
“Como país, queremos a paz, queremos que a guerra termine. Mas queremos que o fim da guerra seja baseado em certas garantias de segurança”, defendeu Zelensky, numa entrevista à Agência Anadolu da Turquia e antes do encontro com o seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan.
O líder ucraniano acrescentou esperar que essas “garantias de segurança sejam oferecidas pelos Estados Unidos, pela União Europeia, pela Turquia e por toda a Europa”.
O encontro de Zelensky com Erdogan ocorre ao mesmo tempo que o início das negociações dos EUA com a Rússia em Riade, capital da Arábia Saudita.
Na segunda-feira, Zelensky insistiu que a Ucrânia “não reconheceria” qualquer acordo alcançado sem Kiev, e considerou que os ucranianos e os ocidentais deveriam ter uma posição comum antes de falar com Moscovo.
Zelensky afirmou ainda que, para garantir uma paz justa, os Estados Unidos, a Ucrânia e a Europa devem participar nas conversações sobre garantias de segurança para Kiev.