Na hora de escolher frango no talho, atente à cor: Especialista difere entre os que têm “mais sabor e maior qualidade”

Nem todos os frangos que encontramos no supermercado ou no talho são iguais — e a diferença vai muito além da cor. Um talhante espanhol, conhecido nas redes sociais como El As Carnicero, recorreu ao seu canal de TikTok para esclarecer as distinções entre o frango de pele amarela e o frango de tom mais pálido, frequentemente confundidos pelos consumidores. Segundo o especialista, as divergências estão sobretudo no modo de criação, na alimentação e, claro, no sabor.

“O frango amarelo certificado cresce muito mais devagar”, começa por explicar no vídeo publicado na rede social. Ao contrário, “o frango branco cresce muito mais rápido”, algo que, segundo o talhante, se deve à criação intensiva e a uma alimentação menos controlada.

Alimentação controlada e menos antibióticos
De acordo com o talhante, o frango amarelo distingue-se não apenas pela tonalidade, mas pelo processo de criação mais exigente. “Tem uma alimentação mais controlada”, refere, apontando para um regime alimentar que valoriza cereais e evita substâncias de crescimento rápido. Já o frango branco provém, segundo ele, de ambientes “mais industriais”, onde a velocidade de crescimento é priorizada.

Esta diferença de abordagem tem impacto direto na qualidade do produto. O especialista assegura que o frango amarelo contém “menos antibióticos, mais sabor e maior qualidade”. Outro dos pontos referidos é a menor presença de água na carne: “Tem menos água”, o que, em contexto culinário, significa uma carne mais densa, com textura firme e sabor mais apurado.

Frango branco: mais acessível, mas menos saboroso
Se o frango amarelo representa uma escolha de qualidade superior, o frango branco destaca-se pelo preço mais baixo e acessível. No entanto, segundo o talhante, estas vantagens económicas têm o seu custo em termos de sabor e composição. “É muito mais barato e tem menos sabor”, afirma, acrescentando que esta variedade “retém mais água”, o que pode traduzir-se numa carne menos consistente e mais propensa a perder textura durante a confeção.

A explicação de El As Carnicero foi partilhada no contexto de uma série de vídeos informativos sobre carne e práticas alimentares, e gerou reações positivas entre os seus seguidores, muitos dos quais admitiram desconhecer as distinções entre os dois tipos de frango.

Apesar de ambos os produtos apresentarem valores nutricionais semelhantes — ricos em proteína e pobres em gordura —, o método de criação e os cuidados no processo de produção fazem a diferença na qualidade final do alimento que chega à mesa dos consumidores.