
Miguel Arruda beneficiava de descontos nos Correios do Parlamento para vender a roupa furtada nos aeroportos
Miguel Arruda utilizou o posto dos CTT na Assembleia da República para vender a roupa que alegadamente furtava nos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada, avançou esta quarta-feira o ‘Correio da Manhã’. Dessa forma, o ex-deputado do Chega beneficiou de descontos nos selos e envelopes pela sua condição de deputado.
O deputado agora não inscrito reuniu no seu gabinete no Parlamento muitas das malas e roupas, que depois vendia online, através dos Correios. Miguel Arruda – agora de baixa psiquiátrica – está a ser investigado pelas autoridades policiais. Segundo o ‘CM’, o deputado pretende voltar ao Parlamento e parece indiferente ao processo judicial, mantendo-se no entanto com apoio psiquiátrico.
Como deputado não inscrito, Miguel Arruda vai ter maiores benefícios: terá um gabinete próprio, uma vez que não o pode partilhar com os ex-colegas do Chega, com um orçamento de pouco mais de 60 mil euros, que pode gastar em assessores e comunicação – mantém o vencimento como deputado, de mais de 3 mil euros limpos, assim como subvenção para arrendamento de uma habitação e as viagens para as ilhas são a preço reduzido por estar deslocado no continente.
O pedido de levantamento da imunidade parlamentar já foi efetuado, que deverá efetivar-se nos próximos dias: Miguel Arruda, depois, poderá ser convocado para comparecer em tribunal para ser ouvido por um juiz, que lhe poderá aplicar várias medidas de coação, mas não o pode suspender de funções.