“Mercado português tem idiossincrasias únicas”: General Manager da P&G Portugal fala sobre plano de transição climática

A Procter & Gamble (P&G) deu a conhecer recentemente as suas metas no âmbito do Plano do Plano de Ação de Transição Climática, que visa acelerar todas as ações relacionadas com as alterações climáticas.

Até 2040, a empresa pretende atingir emissões líquidas de zero Gases com Efeito de Estufa (GEE) em toda a cadeia de abastecimento e operações, desde a matéria-prima até ao retalhista, bem como outras metas intermédias até 2030.

A Executive Digest esteve à conversa com Cláudia Lourenço, General Manager da P&G em Portugal, a propósito do compromisso da empresa com o ambiente e sobre a estratégia para implementação do plano no país.

“A sustentabilidade ambiental faz parte da estratégia da P&G há décadas, está integrada no nosso negócio e na nossa organização como um pilar de importância capital. Neste caminho é fundamental que tenhamos metas que nos ajudam a trabalhar na concretização desta ambição, metas que vão desde a produção até ao consumo, e que são partilhadas com muitos parceiros”, explicou a executiva.

Nas palavras de Cláudia Lourenço, a P&G em Portugal é e continuará a ser uma contribuidora ativa para os objetivos globais do grupo, que este ano renovou e aumentou a ambição e o compromisso com o Plano de Ação de Transição Climática, NET ZERO, que tem como objetivo acelerar as ações relacionada com as alterações climáticas.

“Temos no nosso país uma equipa local que desenha e executa projetos com impacto positivo em Portugal. Exemplo disso é a ação Amar a Praia, em parceria com a Associação Bandeira Azul da Europa, que promoveu no verão de 2021 a limpeza de praias portuguesas, assim como práticas sustentáveis em áreas como água, energia, resíduos, equipamentos, ruído, educação e sensibilização ambiental ou segurança”, referiu.

Na área logística, a empresa criou igualmente um programa de incentivo a compras e entregas em camiões completos, reduzindo assim a pegada causada pelo transporte de mercadorias; alinhado com o compromisso ambiental, as marcas do grupo personificam-no através da comunicação, com mensagens que promovem as melhores práticas ambientais, explicou a dirigente.

“Quando introduzimos em Portugal, por exemplo, um novo produto da marca Fairy que permite a lavagem da loiça com água fria, estamos a fazer aquilo que é o coração da nossa missão: servir os consumidores e as consumidoras com produtos de qualidade superior, de forma sustentável para a humanidade e para a nossa casa comum, a Terra”, exemplificou.

De acordo com Cláudia Lourenço, a “P&G Portugal segue alinhada com a estratégia internacional naquela que é a procura das melhores políticas internas de sustentabilidade”, sendo que nos vários escritórios no país são executados vários incentivos para mobilizar a equipa e promover consciencialização da emergência climática, entre as quais a adoção de comportamentos mais amigos do ambientes, entre os quais a utilização de copos compostáveis, louça de cerâmica reutilizável na zona de refeições e separação dos resíduos de acordo com as normas de reciclagem.

O mercado português incorpora características únicas, sendo atualmente um dos cinco mercados chave do grupo na Europa e que está no top15 a nível mundial.

“Apesar de inserido num contexto europeu e ocidental, o mercado português tem idiossincrasias únicas que permitem à P&G adequar as melhores estratégias e desenvolver táticas inovadoras e especificamente concebidas para responder às necessidades dos consumidores e consumidoras de Portugal”, explica Cláudia Lourenço, sublinhando que, apesar de se tratar de um mercado mais pequeno, “serve como um mercado “teste” para as estratégias disruptivas que nos aproximam sempre dos consumidores e, por isso, o distingue dos demais países”.

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