Mais de 60% dos indivíduos em teletrabalho têm formação superior e salários mais altos

A incidência do teletrabalho foi muito mais elevada nos indivíduos com maior escolaridade e maior remuneração do trabalho durante a pandemia da covid-19, segundo apurou a análise divulgada pelo Banco de Portugal, divulgados esta sexta-feira.

Os números trabalhados por Sónia Cabral e Ana Catarina Pimenta, membros da equipa do departamento de Estudos Económicos, mostra ainda que nos indivíduos com nível de escolaridade inferior ao ensino secundário, a parcela em teletrabalho foi de 6,5% no segundo trimestre do ano.

Esta proporção aumenta para mais de 20% nos indivíduos com ensino secundário e ultrapassa os 60% nos indivíduos com ensino superior.

A menor utilização do teletrabalho pelos trabalhadores menos escolarizados e com remunerações inferiores é uma dimensão adicional em que a crise pandémica levanta questões de desigualdade.

Recorde-se que o teletrabalho constituiu uma opção adotada pelas empresas para atenuar os efeitos negativos sobre a atividade de uma situação de confinamento como a verificada no segundo trimestre de 2020.

“As características das várias profissões traduzem-se em diferenças quanto à propensão de distintos grupos de trabalhadores beneficiarem do teletrabalho, continuando, assim, empregados e sem quebra de rendimento”, destaca ainda a análise.

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