Madeira: PSD ganha vantagem sobre PS mas longe de garantir maioria absoluta

O PSD Madeira não vai alcançar maioria absoluta no ato eleitoral agendado para este domingo, revelou esta quinta-feira uma sondagem da Aximage publicada no ‘Diário de Notícias da Madeira’: no entanto, os social-democratas estão a ‘fugir’ do PS.

O partido de Miguel Albuquerque surgiu com 33,8% das intenções de voto, sendo que os socialistas de Paulo Cafôfo recolhem 18,6% das preferências. Em terceiro lugar surge o Juntos Pelo Povo (17,5%) – seguem-se Chega (7,3%), CDS (2,3%), Iniciativa Liberal (1,3%), Bloco de Esquerda (1,3%), Livre (1,3%), PAN (1,1%) e PCP (1%). Face ao cenário, o papel do Chega será fundamental para garantir a estabilidade do Governo regional liderado pelo PSD, mas também numa maioria do bloco PS/JPP.

Assim, o Parlamento insular pode ficar com apenas cinco partidos, sendo que a Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda, PCP e PAN, com pouco mais de 1% dos votos, arriscam ficar de fora. Por último, 12,5% dos madeirenses revelaram-se indecisos em quem votar.

Estas legislativas, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega – que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) – e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

Após as eleições do ano passado, também antecipadas, o PSD fez um acordo de incidência parlamentar com o CDS-PP, insuficiente, ainda assim, para a maioria absoluta.