
Maçonaria de regresso ao poder: Governo, oposição e altos cargos do Estado têm membros com ligações maçónicas
O Governo de Luís Montenegro tem, pelo menos, três ministro e quatro secretários de Estado com ligações atuais ou passadas à Maçonaria, sendo indicou esta quarta-feira a ‘CNN Portugal’, sendo que muitos foram iniciados no início da carreira política, tendo entretanto se afastado – um fenómeno que se estende ao maior partido da oposição e nos altos cargos da Administração Pública.
Ana Paula Martins, ministra da Saúde, entrou há mais de 20 anos numa das maçonarias mais discretas do país, a Grande Loja Feminina de Portugal: já Miguel Pinto Luz e Pedro Duarte, ministros das Infraestruturas e dos Assuntos Parlamentares, respetivamente, foram recrutados pela Grande Loja Legal de Portugal (GLLP), de onde se desligaram há muito tempo.
Entre os secretários de Estado contam-se o dos Assuntos Locais, Hernâni Dias, o do Turismo, Pedro Machado, o do Trabalho, Adriano Rafael Moreira, e o da Agricultura, João Moura. O destaque vai para a GLLP, que substituiu o Grande Oriente Lusitano como ‘berço’ de vários governantes. Mesmo Luís Montenegro admitiu ter participado em alguns eventos, embora não tenha pertencido a qualquer obediência.
No Partido Socialista, muitos do que fazem parte do círculo mais próximo do líder, Pedro Nuno Santos, foram iniciados na maçonaria, a maioria na GLLP: Duarte Cordeiro, ex-ministro do Ambiente de António Costa, Francisco César – diretor de campanha do líder do PS – e Pedro Vaz, deputado que esteve na direção da campanha eleitoral de Pedro Nuno Santos – há ainda Francisco André, atual embaixador da UE no México, e Pedro Pinto, dirigente socialista que está nas Águas de Portugal.
No entanto, muitos já se afastaram da maçonaria, exceto dois, que constam como maçons ativos: o ex-secretário de Estado, Hernâni Dias, e João Moura, secretário de Estado da Agricultura.