Luxo nos céus: Conheça por dentro o negócio multimilionário dos jatos particulares

Poucas experiências representam o luxo como viajar num jato particular. Seja através da posse de um jato privado ou do pagamento de milhares de euros por hora por um serviço exclusivo como o da Flexjet, evitar as multidões nos aeroportos tem um custo elevado.

Kenn Ricci, presidente da Flexjet, transformou o luxo da aviação privada num negócio de sucesso. Com um passado como piloto, Ricci já transportou celebridades como Elton John e Bruce Springsteen, além de ter pilotado o avião de Bill Clinton durante a sua campanha presidencial, conta a ‘CNBC’. Atualmente, a sua empresa, a segunda maior operadora de jatos particulares comerciais dos EUA, gere entre 600 a 900 voos diários, garantindo que os clientes mais ricos tenham a melhor experiência possível nos ares.

Para Ricci, a principal razão que leva os milionários a investirem quantias astronómicas em viagens privadas não é apenas o conforto, mas sim a otimização do tempo.

“Por que razão alguém pagaria 77 mil euros para ir a Londres quando pode viajar em primeira classe por 11.000 ou 14.000 euros?”, questiona. A resposta é simples: “Onde se pode comprar tempo? Onde se pode comprar menos stress? É por isso que pagam.”

Mesmo em primeira classe, os passageiros enfrentam trânsito para chegar ao aeroporto, filas de segurança e possíveis atrasos ou cancelamentos de última hora. Um jato privado elimina esses inconvenientes, proporcionando total conveniência e eficiência.

“Se o nosso avião avaria ou as condições meteorológicas não são favoráveis, resolvemos o problema. Encontramos alternativas. O cliente não precisa preocupar-se”, afirma. “Queremos que o seu problema seja solucionado. Perguntamos: ‘O que o fará feliz? O que precisar, nós fazemos por si’.”

Este nível de serviço pode incluir desde mudanças de planos de última hora até compensações financeiras para clientes insatisfeitos.

Apesar de defender os benefícios dos voos privados, Ricci alerta que esse luxo deve ser aproveitado de forma responsável. Ele aconselha os clientes a não gastarem mais de 10% do seu rendimentoa em aviação privada.

A aviação privada continua a ser um privilégio restrito a poucos, mas para aqueles que podem pagar, a promessa de uma viagem sem preocupações e sem desperdício de tempo faz valer cada cêntimo investido.