Linha circular do Metro de Lisboa pode não sair do papel: Governo admite recuar no projeto

A linha circular do Metro de Lisboa pode não sair do papel, segundo admitiu o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro. Isso mesmo foi reconhecido por Ricardo Mexia, presidente da Junta de Freguesia do Lumiar. “O senhor ministro manifestou disponibilidade para rever aquilo que é a solução definitiva, ou seja, o que temos defendido: que a solução da linha circular não é uma boa solução para a cidade, nomeadamente para os cidadãos da maior freguesia, que é o Lumiar”, indicou o responsável, em declarações à ‘TVI’.

Segundo o responsável, as obras para a linha circular, que arrancaram no início deste mês, geraram “um caos enorme na freguesia, que acaba por ser uma amostra daquilo que vai acontecer se a solução da linha circular for implementada”. Recorde-se que as obras levaram ao encerramento das estações de Telheiras e da Cidade Universitária, o que obrigou a medidas extraordinárias por parte do Metro de Lisboa.

O Metropolitano de Lisboa anunciou “um conjunto de medidas para mitigar os constrangimentos causados com o encerramento provisório da estação Telheiras e do troço Campo Grande/ Cidade Universitária”, entre as quais a circulação de comboios com seis carruagens na linha Verde, no dia 20 de junho, uma data que pode ser antecipada “caso existam condições operacionais para o efeito”.

A circulação entre Telheiras e Campo Grande, na linha Verde, assim como entre o Campo Grande e Cidade Universitária (linha Amarela) vai estar interrompida até 7 de julho, devido às obras de expansão já em curso. A inauguração da nova linha circular, que vai ligar a estação do Rato ao Cais do Sodré, está prevista para 2024.

Se a linha circular não sair do papel, há alternativas: uma linha em laço, garantiu Ricardo Mexia. Assim, a linha circular e a futura linha amarela tornam-se uma linha única em laço, que vai ligar as estações de Odivelas, Campo Grande, Rato, Cais do Sodré, Alameda, Campo Pequeno e Telheiras.

Duarte Cordeiro mostrou disponibilidade para estudar a solução. “A solução que está a ser implementada do ponto de vista da obra permite manter a solução linha circular mas também a linha em laço, que é a proposta que temos apresentado para mitigar os impactos para a população do Lumiar”, referiu o presidente da Junta de Freguesia do Lumiar.

“O que nos foi transmitido é que a solução técnica que está encontrada permite depois, do ponto de vista operacional, funcionar nos dois registos, no registo de linha circular e no registo linha em laço”, revelou Ricardo Mexia.

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