Líder da Crimeia cria o seu ‘próprio Grupo Wagner’ com 300 combatentes que já estão no campo de batalha

O chefe da Crimeia, decidido pelo Kremlin, criou a sua própria unidade mercenária, que será liderada pelo ex-comandante que trabalhou para o Grupo Wagner em África, Sergey Aksyonov.

Apelidado de ‘Comboio’, este grupo é composto por 300 combatentes que já terão sido destacados para partes ocupadas da região de Kherson, no sul da Ucrânia, informa a Sky News. 

“Esta é a empresa militar privada de Aksyonov, mas todo o grupo é composto por antigos funcionários de Wagner”, esclareceu um dos mercenários à estação de televisão Rússia-24, onde foram divulgadas imagens dos mercenários a treinar numa floresta, a cavar trincheiras e a aprender a colocar minas terrestres.

Desde novembro que existe uma conta no Telegram, apelidada de ‘Convoy [Comboio]’, onde são partilhadas imagens e ícones ortodoxos russos, referindo-se aos ucranianos como “satanistas”.

O chefe do comboio foi identificado como Konstantin Pikalov, que trabalhou como comandante Wagner em Madagáscar e na República Centro-Africana, de acordo com os meios de comunicação social russos da oposição.

Acredita-se que Yevgeny Prigozhin vai reduzir as operações militares na Ucrânia e dedicar-se a uma maior presença em África, segundo a agência de informação financeira Bloomberg, que cita fontes próximas do líder da empresa de segurança privada russa Wagner.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou a invasão à Ucrânia no dia 24 de fevereiro de 2022, para “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho, ofensiva militar que levou a União Europeia (UE) a responder com vários pacotes de sanções internacionais.

A invasão russa desencadeou uma guerra de larga escala que deixou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Não é conhecido o número de baixas civis e militares do conflito, contudo diversas fontes, entre as quais a Organização das Nações Unidas (ONU), admitiram que será elevado.

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