Kiev tem rede de sabotagem dentro da Rússia e está a fornecer drones para ataques cirúrgicos

Kiev tem uma rede de sabotagem no interior da Rússia e já forneceu drones para a realização de ataques, segundo revelou esta segunda-feira a ‘CNN’: de acordo com as autoridades americanas, os agentes pró-ucranianos terão sido os responsáveis pelo ataque ao Kremlin, no início de maio, com drones que terão sido lançados do interior da Rússia.

Os ataques de drones dos últimos dias – num bairro residencial perto de Moscovo e outro que atingiu refinarias de petróleo no sul – também terão sido conduzidos por esta rede de sabotagem.

De acordo com Washington, Kiev terá desenvolvido células de sabotagem, constituídas por simpatizantes da causa ucraniana e operacionais bem treinados neste tipo de guerra, a quem terá sido enviado drones – ou componentes de drones – para a Rússia.

Um funcionário dos serviços secretos europeus apontou que a fronteira entre os dois países é vasta e muito difícil de controlar, o que a torna propícia ao contrabando – algo que os ucranianos têm feito durante a maior parte da década em que estiveram em guerra com as forças pró-russas. “Também há que ter em conta que esta é uma zona periférica da Rússia”, sublinhou. “A sobrevivência é um problema de todos, por isso o dinheiro faz maravilhas.”

Segundo as autoridades americanas, há elementos da comunidade de serviços secretos da Ucrânia a controlar estes ataques, sendo que Volodymyr Zelensky estabelece os parâmetros gerais para o que os serviços de informação e segurança estão autorizados a fazer – nem todas as operações requerem a sua aprovação.

Para os altos responsáveis americanos, apesar de condenarem os ataques dentro da Rússia, consideraram os ataques fronteiriços são uma estratégia militar inteligente que pode desviar os recursos russos para a proteção do próprio território.

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