JMJ. Visita do Papa “pode não estar comprometida”, explica cirurgião: vai depender do que os médicos encontrarem na operação e desde que não haja complicações

O Papa Francisco vai ser submetido, esta quarta-feira, a uma “laparotomia e cirurgia plástica da parede abdominal com próteses”, devido a uma “hérnia incisional encarcerada”.

Eduardo Barroso, o cirurgião que operou Marcelo Rebelo de Sousa a uma hérnia, explicou, em declarações à rádio ‘TSF’, que a vinda do Sumo Pontífice a Portugal, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, “pode não ser comprometida”: tudo vai depender daquilo que os médicos encontrarem durante a cirurgia e desde que não haja complicações.

“Se o intestino estiver rosadinho”, explicou o especialista, o procedimento é relativamente simples – “basta libertar tecido encarcerado”, fisou – mas se estiver nego, necrosado, “é preciso fazer a ressecação”, ou seja, cortar e retirar uma parte do intestino.

Duma forma mais simples, os médicos do Hospital Gemelli, em Roma, “vão abrir a barriga do Papa para libertar uma parte do intestino que ficou presa durante o processo de cicatrização, depois de uma cirurgia anterior”, frisou o cirurgião. Recorde-se que o Papa fez, em 2021, uma operação ao cólon, um procedimento comum e não diferente daquele a que vai ser submetido o Papa.

Eduardo Barroso sublinhou ainda que se tudo correr bem, “se for mesmo esse o diagnóstico, se o papa não tiver um tumor”, dois meses de recuperação não é muito, mas pode ser suficiente para manter a participação na Jornada Mundial da Juventude em agosto.