IVA zero: Cabaz regista maior subida do ano e dispara mais de 5 euros. Pescada fresca sobe 58%: veja os produtos que ficaram mais caros esta semana

Depois de duas semanas consecutivas de ligeiras descidas no preço, de 22 e 44 cêntimos, o cabaz de 41 alimentos com IVA zero monitorizado pela DECO Proteste voltou às subidas… E registou o maior aumento de preço deste ano, de mais de 5 euros numa semana. Esta quarta-feira, custava mais 5,20 euros (+4,15%) do que na semana passada: passou de 125,27 euros para 130,47 euros. Desde que a isenção de IVA entrou em vigor, o preço desta cesta de produtos desceu 8,30 euros (menos 5,98%). E, desde o início do ano, custa menos 3,20 euros (-2,39%).

Mas nem todos os produtos abrangidos pela medida estão mais baratos. Os brócolos, por exemplo, subiram 1,21 euros euros (+50%) entre a véspera da implementação da medida, 17 de abril, e 13 de setembro. Já a laranja aumentou 0,53 euros, mais 38%.

Pescada fresca disparou quase 60% e bacalhau 16%. São estes os produtos que mais aumentaram esta semana

Na última semana, entre 6 e 13 de setembro, foram os seguintes produtos os que registaram a maior subida percentual no cabaz IVA zero monitorizado pela DECO PROTESTE: pescada fresca (58%), bacalhau graúdo (16%), iogurte líquido (12%), azeite virgem extra (9%), queijo curado fatiado embalado (9%), arroz carolino (7%), brócolos (4%), cebola (4%), carapau (3%) e batata vermelha (3%).

Massa espirais, maçã gala e frango inteiro lidera descidas na última semana

De acordo com a análise da Deco/Proteste, os 10 produtos que mais reduziram de preço na última semana são a massa espirais (12%), a maçã gala (7%), o frango inteiro (5%), a carne de novilho para cozer (5%), a alface frisada (4%), a manteiga com sal (4%), o tomate chuca (3%), a maçã golden (3%), as ervilhas ultracongeladas (3%), e o bife de peru (3%).

Recorde-se que a isenção do IVA em mais de 40 alimentos resulta de um acordo assinado a 27 de março entre o Governo, o retalho alimentar e a produção agroalimentar. A medida visa mitigar os efeitos dos aumentos de preços dos bens alimentares e está em vigor até final deste ano, após ter sido estendida pelo Governo a 7 de setembro (estava previsto o final da medida a 31 de outubro).

A lista de produtos que têm agora IVA zero foi definida com base nas recomendações da Direção-Geral da Saúde. Inclui os alimentos mais consumidos pelas famílias em Portugal, de acordo com a informação disponibilizada pela associação que representa as empresas de distribuição alimentar.

Preço do cabaz ‘normal’ também sobe: disparou mais de 4 euros
O preço do cabaz de 63 bens essenciais monitorizado pela DECO PROTESTE, que na semana passada caiu mais de dois euros, voltou a subir esta semana. Custa agora 215,75 euros, mais 4,42 euros (2,09%).

Se compararmos este valor com o período homólogo do ano passado, o preço do cabaz subiu 6,74 euros (mais 3,22%).

Na última semana, os 10 produtos com maiores aumentos percentuais foram a pescada fresca (58%), a polpa de tomate (18%), o bacalhau (16%), iogurte líquido morango (12%), azeite virgem (9%), queijo curado (9%), arroz carolino (7%), peixe espada preto (5%), cereais (4%) e brócolos (4%).

Já entre 23 de fevereiro de 2022, véspera do início da guerra na Ucrânia, e 13 de setembro deste ano, os produtos que mais viram o seu preço subir foram o arroz carolino (82%), a laranja (77%), a pescada fresca (75%), a cebola (62%), a polpa de tomate (60%), o azeite virgem (59%), o açúcar branco (52%), a batata vermelha (50%), a cenoura (45%) e os flocos de cereais (44%).

Olhando a categorias de produtos, os maiores aumentos percentuais, desde início da guerra, foram registados na mercearia (24,85%, mais 10,47 euros), e na carne (19,51%, mais 6,29 euros).

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