IVA zero: Cabaz alimentar volta a ficar mais caro esta semana. Das ervilhas aos esparguete, veja quais os produtos que mais subiram de preço

Depois de uma descida de 1,19 euros na semana passada, o cabaz de 41 alimentos com IVA zero monitorizado pela DECO PROTESTE, voltou a subir. Esta quarta-feira, custava mais 0,81 euros do que na semana passada: passou de 127,15 euros para 127,97 euros. Desde que a isenção de IVA entrou em vigor, o preço desta cesta de produtos desceu 10,80 euros (menos 7,78%). E desde o início do ano, custa menos 5,70 euros (4,27%).

Mas nem todos os produtos abrangidos pela medida estão mais baratos. A laranja, por exemplo subiu 0,51 euros (+37%) entre a véspera da implementação da medida, 17 de abril, e 23 de agosto. Já os brócolos aumentaram 0,87 euros, mais 36%.

Esparguete, atum e queijo flamengo são os produtos que mais aumentaram esta semana

Na última semana, entre 16 e 23 de agosto, foram os seguintes produtos os que registaram a maior subida percentual no cabaz IVA zero monitorizado pela DECO PROTESTE: massa esparguete (16%), atum poste em azeite (8%), queijo flamengo fatiado embalado (7%), azeite virgem extra, arroz carolino e óleo alimentar (6%), iogurte líquido e bife de peru (5%)m maçã golden e costeletas de porco (4%).

Ervilhas, maçã gala e arroz agulha lideram descidas 

De acordo com a análise da Deco/Proteste, os 10 produtos que mais reduziram de preço na última semana são as ervilhas congeladas (12%), a maçã gala (7%), o arroz agulha 87%), o tomate chucha (4%), a couve-flor (4%), a carne de novilho para cozer (3%), o queijo curado fatiado embalado (2%), a pescada fresca (2%) a dourada (2%) e a cenoura (1%).

Recorde-se que a isenção do IVA em mais de 40 alimentos resulta de um acordo assinado a 27 de março entre o Governo, o retalho alimentar e a produção agroalimentar. A medida visa mitigar os efeitos dos aumentos de preços dos bens alimentares e está em vigor até 31 de outubro.

A lista de produtos que têm agora IVA zero foi definida com base nas recomendações da Direção-Geral da Saúde. Inclui os alimentos mais consumidos pelas famílias em Portugal, de acordo com a informação disponibilizada pela associação que representa as empresas de distribuição alimentar.

Preço do cabaz ‘normal’ também sobe: mais 2,12 euros
O preço do cabaz de 63 bens essenciais monitorizado pela DECO PROTESTE quebrou a quarta-semana consecutiva de descidas e subiu, desta vez mais de dois euros. Custa agora 211,94 euros, ou seja, mais 2,12 euros do que na semana passada (+1,01%).

Se compararmos este valor com o período homólogo do ano passado, o preço do cabaz desceu 0,70 euros (menos 0,34%).

Na última semana, os 10 produtos com maiores aumentos percentuais foram os cereais de trigo, arroz e aveia integrais (16%), a massa esparguete (15%), o fiambre da perna extra (9%), os douradinhos de peixe (8%), o atum posta em azeite e o queijo flamengo (7%), o robalo, o azeite virgem e o arroz carolino (6%) e o óleo alimentar 1005 vegetal (5%).

Já entre 23 de fevereiro de 2022, véspera do início da guerra na Ucrânia, e 23 de agosto, os produtos que mais viram o seu preço subir foram a laranja (76%), o arroz carolino (74%), a pescada fresca (59%), o açúcar branco (53%), a polpa de tomate (52%), as salsichas frankfurt (50%), a cebola (49%), o azeite virgem (43%, a batata vermelha (42%) e a bolacha maria (41%).

Olhando a categorias de produtos, os maiores aumentos percentuais, desde início da guerra, foram registados na mercearia (23,57%, mais 9,93 euros), e na carne (19,22%, mais 6,20 euros).

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