IVA zero: Cabaz alimentar desce 10 cêntimos na semana em que a pescada disparou 30%. Veja os outros produtos que mais aumentaram de preço

O cabaz de 41 alimentos com IVA zero monitorizado pela DECO PROTESTE custava esta quarta-feira (28 de junho) 128,54 euros. São apenas menos 0,10 euros do que na semana anterior. Desde que a isenção de IVA entrou em vigor, o preço desta cesta de produtos desceu 10,23 euros (menos 7,37 por cento). Desde o início do ano, a descida já é de 5,13 euros (3,84%).

Mas nem todos os produtos abrangidos pela medida estão mais baratos. Os brócolos, por exemplo, subiram 0,45 euros (19%) entre a véspera da implementação da medida, 17 de abril, e 28 de junho. Já a maçã gala subiu 16%, e custa mais 0,31 cêntimos.

Pescada dispara 30% de preço numa semana

Na última semana, entre 21 e 28 de junho, foram os seguintes produtos os que registaram a maior subida percentual no cabaz IVA zero monitorizado pela DECO PROTESTE: pescada fresca (30%), couve-flor (7%), tomate chuca (6%), dourada (5%), carcaça tradicional (4%), queijo flamengo fatiado embalado (3%), perna de peru, arroz agulha e brócolos (2%) e leite UHT meio gordo (1%).

Recorde-se que a isenção do IVA em mais de 40 alimentos resulta de um acordo assinado a 27 de março entre o Governo, o retalho alimentar e a produção agroalimentar. A medida visa mitigar os efeitos dos aumentos de preços dos bens alimentares e está em vigor até 31 de outubro.

A lista de produtos que têm agora IVA zero foi definida com base nas recomendações da Direção-Geral da Saúde. Inclui os alimentos mais consumidos pelas famílias em Portugal, de acordo com a informação disponibilizada pela associação que representa as empresas de distribuição alimentar.

Preço do cabaz ‘normal’ sobe 50 cêntimos

Por outro lado, o preço do cabaz de 63 bens essenciais monitorizado pela DECO PROTESTE desceu esta semana, segundo mostram os dados. Custa agora 216,50 euros, ou seja, menos 2,81 euros do que na semana passada.

Se compararmos este valor com o período homólogo do ano passado, o preço do cabaz subiu 12,78 euros (mais 6,28%).

Na última semana, os 10 produtos com maiores aumentos percentuais foram a pescada fresca (30%), a couve flor e o peito de peru fatiado (7%(, o tomate (6%), a couve coração, a dourada e o alho seco (5%), os cereais integrais e a carcaça tradicional (4%) e o queijo flamengo (3%).

Já entre 23 de fevereiro de 2022, véspera do início da guerra na Ucrânia, e 28 de junho, os produtos que mais viram o seu preço subir foram o arroz carolino (79%), a polpa de tomate (74%), a cebola (62%), a cenoura (59%), a pescada fresca (53%), os flocos de cereais (52%), o açúcar branco (52%), a couve coração e a batata vermelha (51%), e as salsichas frankfurt (48%).

Olhando a categorias de produtos, os maiores aumentos percentuais, desde início da guerra, foram registados na mercearia (26,49%, mais 11,17 euros), e na carne (18,74%, mais 6,04 euros).

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