Influenciadores digitais são um risco para unicórnios?

Os influenciadores digitais (da expressão em inglês digital influencers) ganham cada vez mais peso como parceiros dos negócios. Contudo, não é a primeira vez alguém famoso apenas por mostrar o seu estilo de vida provoca perdas de milhares em unicórnios (empresa avaliada em mais de mil milhões de dólares).

A Snap Inc., empresa que detém a rede social Snapchat, é exemplo disso mesmo, como lembra o jornal espanhol “El Economista”. Em 2018, Kylie Jenner, a irmã mais nova do clã Kardashian, provocou uma queda de 7% nas acções da empresa depois de ter partilhado um comentário no Twitter sobre a aplicação. «Mais alguém já não vai ao Snapchat? Ou sou só eu? É muito triste», escreveu.

Jenner transformou-se numa «marca» que movimenta cerca de oito mil milhões de dólares, devido à sua popularidade nas redes sociais, mostram dados publicados pelo “Financial Times”. Só no Instagram conta com mais de 150 milhões de seguidores. E para empresas que estão a dar os primeiros passos, como a Casper, estes números fazem toda a diferença.

Na semana passada, a empresa de vende directamente colchões ao consumidor entregou na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários dos Estados Unidos a documentação necessária para a sua estreia no mercado de acções. Entre os riscos, aponta que «a utilização das redes sociais e os influenciadores podem afectar negativamente» a reputação de uma empresa, gerando perdas.

«Contamos com terceiros, como motores de busca, influenciadores digitais e negociantes de produtos, tanto para serviços pagos como gratuitos e não podemos controlar totalmente as suas acções», explica a Casper.

Também a marca de moda Revolve, que no ano passado entrou em bolsa e alcançou 212 milhões de dólares, o que lhe valeu uma avaliação de 1,3 mil milhões de dólares, acredita que «manter relações positivas» com os seus 3.500 influenciadores digitais é essencial para o negócio.

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