INE confirma abrandamento da inflação em outubro para 2,1%
A taxa de inflação homóloga baixou para 2,1% em outubro, menos 1,5 pontos percentuais que em setembro, confirmou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) hoje avançada pelo INE coincide, com o arredondamento a uma casa decimal, com o valor da estimativa rápida divulgada em 31 de outubro.
De acordo com o instituto estatístico, “o principal contributo para esta desaceleração provém do efeito de base associado aos aumentos mensais de preços registados em outubro de 2022” nos produtos alimentares (2,1%) e nos produtos energéticos (6,7%), destacando-se, neste último elemento, o gás natural (77,4%)
No mês em análise, o indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação de 3,5%, contra 4,1% em setembro.
A variação do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para -12,0% (contra -4,1% no mês precedente) e o índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou para 4,0% (contra 6,0% em setembro).
Em outubro, a variação mensal do IPC foi de -0,2%, contra 1,1% em setembro e 1,2% no mesmo mês do ano passado.
A variação média nos 12 meses terminados em outubro foi, assim, de 5,7%, contra 6,3% em setembro.
Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português apresentou uma variação homóloga de 3,2%, valor inferior em 1,6 pontos percentuais ao registado no mês anterior e superior em 0,3 pontos percentuais ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em setembro, esta diferença foi de 0,5 pontos percentuais).
Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 4,8% em outubro (5,5% em setembro), inferior à taxa correspondente para a área do Euro (estimada em 5,0%).
Os dados hoje divulgados pelo INE apontam ainda que o IHPC C registou uma variação mensal de -0,4% (0,8% no mês anterior e 1,1% em outubro de 2022) e uma variação média dos últimos doze meses de 6,6% (7,2% no mês precedente).