Imigrantes contribuíram com 1.500 milhões de euros para a economia portuguesa em 2022, revela ministro

Os imigrantes contribuíram com 1.500 milhões de euros para a economia portuguesa em 2022, segundo revelou esta segunda-feira o ministro da Administração Interna. “Em 2022, tivemos 650 mil trabalhadores estrangeiros, um aumento de quatro vezes face a 2015. Passaram a representar 13,5% de contribuições, 1.800 milhões de euros, cinco vezes mais do que em 2015”, frisou. “Convém repetir este número a quem ataca a imigração e até diz, de forma despudorada, que a imigração vive dos subsídios do Estado.”

Segundo o José Luís Carneiro, em prestações sociais, o Estado pagou “300 milhões de euros”, o que representa uma diferença positiva para as finanças portuguesas. “Não só não vive, como é mesmo essencial para o financiamento das funções do Estado e Segurança Social. Em 2022, foi um salto positivo de 1.500 milhões de euros.”

Portugal enfrenta, assim como a Europa, uma desafio demográfico, “o mais complexo que a União Europeia tem de vencer”, com o contributo de cidadãos estrangeiros, que “têm um papel decisivo” em vários setores de atividade profissional. “A União Europeia tem de promover o seu rejuvenescimento social, indutor do crescimento económico”, referiu.

É também importante “garantir a abertura aos fluxos migratórios”, que nos são favoráveis, mas estes têm de decorrer “de forma regulada na origem, no trânsito e no acolhimento”. “Somente uma boa regulação permite uma boa integração. E integração implica socialização”, finalizou.