Hungria pede à UE que restrições à importação de cereais ucranianos se mantenham até 2024

A Hungria pediu a União Europeia (UE) que estenda as restrições e limites à importação de cereais e sementes oleaginosas ucranianos, por cinco Estados-membros de leste, pelo menos até ao final do presente anos, sendo que só seriam levantadas as condicionantes em 2024.

O pedido foi já feito e confirmado pelo ministro húngaro da Agricultura, Zsolt Feldman.

Feldman, citado pela agência de notícias estatal, afirmou também que foi solicitado a Bruxelas que garante apoio financeiro aos agricultores locais para facilitar o transporte de stocks de cereais ‘presos’ no armazenamento doméstico, ainda antes das colheitas deste ano.

“O nosso interesse é que a colheita na Hungria seja completada de forma segura, e que os agricultores húngaros possam vender o seu produto”, afirmou, após uma reunião dos ministros europeus da Agricultura, em Bruxelas.

Recorde-se que, a 2 de maio, a UE impôs restrições, até 5 de junho, nas importações de trigo, milho, colza e sementes de girassol da Ucrânia, de forma a responder aos problemas de excesso de oferta destes grãos na Bulgária, Hungria, Polónia, Roménia e Eslováquia.

Os agricultores destes países criticavam que, devido aos ‘benefícios’ dados ao comércio de cereais ucranianos a nível de carga fiscal, os mesmos produtos produzidos internamente estavam mais caros e sem escoamento.

Os cereais em causa podem, no entanto ser exportados pela Ucrânia para quaisquer outros países da UE, que não os cinco indicados.

Anteriormente, a UE tinha liberalizado as importações vindas da Ucrânia para apoiar os esforços de Kiev no combate à invasão da Rússia. Os cinco países que reclamavam tornaram-se assim rotas de passagem de cereal ucraniano, que não podia ser exportado na altura pelo Mar Negro – o problema viria a ser solucionado com o acordo dos cereais.

Ler Mais