Homem que matou duas mulheres no Centro Ismaelita foi diagnosticado com perturbações mentais na chegada a Portugal

Abdul Bashir, o homem afegão que levou a cabo o ataque no Centro Ismaelita, em Lisboa, matando duas mulheres e ferido um professor, com recurso a uma faca, foi diagnosticado com perturbações mentais depois de ter chegado a Portugal com o estatuto de refugiado.

O refugiado era acompanhado por um psicólogo na Cruz Vermelha Portuguesa, segundo o Jornal de Notícias, nas consultas nunca foi detetado que o seu estado mental estivesse perturbado ao ponto de ser capaz de cometer o duplo homicídio que ocorreu esta terça-feira.

Depois de ter viajado para a Alemanha, para estar com familiares, regressou a Portugal e interrompeu as consultas, que não eram obrigatórias, por vontade própria, o que poderá ter agravado os problemas psicológicos de Abdul.

O homem escondeu uma faca na mochila, na terça-feira, antes de ir para o Centro, onde estava a frequentar as aulas de Português. Estaria a desenvolver uma paixão não correspondida por uma das vítimas, Mariana Jadaugy, de 24 anos.

Nesse dia recebeu um telefonema que estaria relacionado com a viagem para a Suíça que tinha marcada com os filhos, relativo a um falta de um documento oficial que o impediria de viajar para Zurique, de onde poderia depois seguir para a Alemanha novamente, o que terá desencadeado a reação violenta.

Atacou à facada Farana Sadrudin e Mariana Jadaugy, tendo também esfaqueado um professor, que sobreviveu aos golpes sofridos no pescoço e peito. Outra funcionaria do centro conseguiu escapar à fúria do atacante e refugiar-se numa sala, onde se barricou.

A Polícia Judiciária, que na quarta-feira afastou a possibilidade de motivações terroristas no ataque, continua a investigar, tendo desenvolvido buscas na casa de Abdul, em Odivelas, onde o refugiado afegão viva com os três filhos menores.

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