Himars: os mísseis avançados que os EUA vão enviar para a Ucrânia podem atingir alvos russos a 80 km de distância

A unidade móvel que será entregue por Washington às tropas ucranianas é capaz de lançar múltiplos mísseis de precisão em simultâneo. Joe Biden diz que o sistema vai permitir a Kiev “atingir com maior precisão os alvos no cenário de batalha na Ucrânia”, mas não na Rússia.

O Governo norte-americano anunciou que vai entregar à Ucrânia o sistema M142 Himars, que consiste numa unidade móvel sobre rodas com capacidade para disparar seis mísseis de 227 milímetros ao mesmo tempo, guiados por GSP até uma distância máxima de 80 quilómetros, avança o ‘The Guardian’. A unidade pode ser recarregada em poucos minutos, sem ser preciso a utilização de outros veículos.

O mesmo jornal aponta que Washington não irá fornecer às autoridades de Kiev mísseis ATACMS, que têm um alcance de 300 quilómetros, que teriam capacidade para atingir solo russo. O Himars permitirá à Ucrânia atingir alvos russos em território ucraniano a uma maior distância das armas de longo alcance das tropas de Moscovo.

O novo sistema de mísseis poderá também permitir a Kiev destruir os armazéns que abastecem os militares em solo ucraniano, podendo entorpecer o esforço de guerra das forças invasoras.

Um oficial do governo norte-americano não identificado explica ao periódico britânico que o Himars permitirá colocar os dois contendores em pé de igualdade. Mas não se sabe ainda ao certo quantos sistemas Himars serão enviados para a Ucrânia.

Washington irá alterar as capacidades técnicas do sistema de mísseis, para impedir que possam ser usados contra alvos em solo russo. “Não vamos enviar para a Ucrânia mísseis que possam atingir a Rússia”, garantiu Joe Biden. Outro oficial russo contou ao ‘The Guardian’ que o Governo ucraniano já garantiu a Washington que não iram usar as armas americanas para atacar território russo.

De acordo com a ‘Aljazeera’, a entrega do Himars faz parte de um novo pacote de assistência dos EUA à Ucrânia no valor de 700 milhões de dólares, e inclui também o envio de helicópteros, sistemas antitanque, veículos táticos e peças sobresselentes.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, salientou que os EUA estão “diretamente e intencionalmente a atirar lenha para a fogueira” com o envio de armamento para a Ucrânia, aponta a ‘BBC’.

Desde o início da invasão russa do país vizinho, Washington já enviou cerca de 4,5 mil milhões de dólares em apoio à Ucrânia.

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