“Há um contrato que está a ser negociado”: Trump diz que vai haver “divisão de territórios” entre Ucrânia e Rússia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou esta sexta-feira que está em curso a negociação de um acordo que inclui a divisão de territórios no contexto da guerra na Ucrânia. O líder norte-americano garantiu ainda que espera que um cessar-fogo seja alcançado em breve.

“Vamos ter um contrato, e o contrato está a ser negociado”, afirmou Trump, citado pela CNN Internacional. “O contrato em termos de divisão de territórios – e mais – está a ser negociado neste preciso momento”, acrescentou o presidente, sem revelar detalhes sobre quais os territórios em questão ou as condições específicas do acordo.

As declarações foram feitas na Sala Oval, onde Trump manifestou esperança de que o conflito entre a Ucrânia e a Rússia possa terminar em breve. “Vamos ter um cessar-fogo total muito em breve na guerra entre a Ucrânia e a Rússia”, assegurou.

Nos últimos dias, Donald Trump manteve contacto direto com os presidentes da Ucrânia e da Rússia, no âmbito de um plano para o cessar-fogo. Segundo o líder norte-americano, a conversa com Vladimir Putin foi “boa e produtiva”, sem adiantar mais detalhes sobre o conteúdo das discussões.

Posteriormente, Trump conversou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que garantiu que não sentiu “pressão nenhuma” por parte dos Estados Unidos para ceder territórios à Rússia. No entanto, Zelensky sublinhou que as palavras de Putin não correspondem à realidade e alertou que Moscovo não pretende um cessar-fogo enquanto as tropas ucranianas permanecerem na região de Kursk, onde se registam confrontos intensos entre as forças de Kyiv e as tropas russas.

A confirmação de que um acordo está em negociação marca um novo capítulo nos esforços diplomáticos para travar o conflito que se arrasta desde fevereiro de 2022. A possibilidade de divisão de territórios levanta questões sobre a soberania ucraniana e a posição das potências ocidentais, que têm apoiado fortemente Kyiv desde o início da invasão russa.

Resta agora saber quais serão os próximos passos das negociações e se o anunciado cessar-fogo se concretizará nos termos defendidos por cada uma das partes envolvidas no conflito.