Grupo VW promove Skoda como marca generalista: futuro da Seat está em xeque

O futuro da Seat está ligado a um nome: Cupra. A marca premium, nascida em 2018 durante o mandato de Luca de Meo, permitiu à empresa pertencente ao grupo Volkswagen sair das perdas – registou em 2022 lucros operacionais de 33 milhões de euros. O motivo? A ascensão meteórica do Cupra no ano transato, que aumentou as suas entregas em 92,7%, com 152,9 mil unidades vendidas. De tal forma que o Formentor tornou-se mesmo o modelo com mais vendas de toda a Seat, com mais de 97 novos carros em 2022.

Assim, com a empresa espanhola a dirigir-se para um público com maior poder de compra – o Cupra quer posicionar-se entre a Volkswagens e a Audi – o grupo alemão pretende promover a Skoda como a sua marca generalista, à margem da própria Volkswagen, segundo revelou esta terça-feira o jornal espanhol ‘El País’.

O consórcio vai, dessa forma, avançar para a internacionalização da Skoda, sobretudo nos países em desenvolvimento – no Sudeste Asiático e no norte de África, por exemplo. A Índia, atualmente o terceiro mercado mais importante, só atrás da Alemanha e da Chéquia, é um alvo da marca automóvel, depois de em 2022 ter duplicado as vendas.

O grupo Volkswagen está a acelerar a eletrificação de todas as suas marcas, exceto a Seat, para a qual não existe um modelo deste tipo anunciado para os próximos anos. A Skoda, no entanto, já tem um veículo elétrico como o Enyaq iV, um modelo que se destina a bolsos maiores: o seu preço inicial é de 48.300 euros.

No entanto, a empresa trabalha em conjunto com a marca VW para ter um carro elétrico abaixo de 20 mil euros nos próximos anos, conforme explicou na semana passada Thomas Schäfer, CEO da marca VW. Este será o modelo elétrico mais barato do consórcio alemão.