Governo russo aponta defesa como uma das prioridades do orçamento para 2025

O Governo russo afirmou hoje que as despesas com a defesa e a segurança nacional são uma das prioridades do orçamento do Estado para 2025, três anos após o início da guerra na Ucrânia.

“A primeira [prioridade] é a proteção social dos cidadãos. A segunda é a cobertura financeira das despesas com a defesa e a segurança”, declarou o ministro das Finanças, Anton Siluanov, durante uma reunião do Conselho de Ministros russo.

Acrescentou que o orçamento deve também assegurar “as necessidades da operação militar especial” na Ucrânia – forma como eufemisticamente se refere à guerra de agressão que trava no país vizinho desde que o invadiu, em fevereiro de 2022 -, incluindo a assistência às famílias dos combatentes.

Além disso, precisou, serão previstas verbas para equipar as Forças Armadas e apoiar as empresas do setor industrial militar, bem como para garantir a liderança tecnológica e melhorar as infraestruturas nacionais.

O primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, estimou em 0,5% do produto interno bruto (PIB) o défice orçamental, que será apresentado antes de 01 de outubro à Duma, ou câmara dos deputados.

De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, a Rússia vai aumentar em cerca de 25% os gastos com a defesa no próximo ano, para 13,2 biliões de rublos (cerca de 142 mil milhões de euros).

Tal como este ano, esse valor representará à volta de 40% da despesa total do orçamento do Estado da Rússia e ultrapassará o montante destinado conjuntamente à educação, à saúde, à economia e à política social.

Em resultado, as despesas com a defesa representarão em 2025 cerca de 6,2% do PIB, depois de esse indicador ter subido para 6,7% este ano, à semelhança dos últimos anos da União Soviética.

O Presidente russo, Vladimir Putin, garantiu que o desenvolvimento futuro do país está diretamente ligado ao desenlace do conflito na Ucrânia, ou seja, à vitória no campo de batalha.

Depois, acrescentou, a Rússia reduzirá os gastos com a defesa, em termos de percentagem do PIB, em 2026 e 2027, altura em que muitos especialistas preveem que já terão terminado as hostilidades.

Putin assevera que não haverá negociações de paz com a Ucrânia até que a Rússia expulse as tropas inimigas da região russa de Kursk.

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