Ferrari não ‘está no mercado’ por outras marcas de supercarros, garante CEO

A Ferrari não está interessada em comprar outras marcas ativas no ramo dos supercarros, segundo garantiu o CEO da marca italiana, Benedetto Vigna. “Não acho que faça sentido comprarmos outros fabricantes de supercarros”, garantiu, numa conferência organizada pela publicação ‘Bloomberg’.

Desde 2016, quando se tornou uma empresa pública independente – quando a FCA (agora Stellantis, após fusão com o PSA Group) vendeu 10% da sua participação na Ferrari, sendo que outros 10% ainda pertencem ao filho de Enzo Ferrari, Piero: os restantes 80% foram distribuídos aos acionistas da FCA.

Em fevereiro de 2023, o maior acionista é a Exor NV com 24,4%, a holding holandesa controlada pela família Agnelli. Após um ano recorde em 2022, quando vendeu 13.221 carros, a Ferrari ultrapassou a sua ex-controladora Stellantis em valor na bolsa de valores de Milão há algumas semanas.

Neste cenário, o CEO deseja manter as coisas como estão, revelando que a empresa vai continuar focada em parcerias com outras empresas, sublinhando que é importante para uma marca de luxo manter o seu ADN.

No que diz respeito a outras marcas, a Ferrari vai deixar de fornecer motores para a Maserati no final do ano, quando terminar o contrato existente. A estrear em julho no Goodwood Festival of Speed, o Ghibli 334 Ultima e o Levante V8 Ultima serão os últimos a usar o motor V8 biturbo de 3,8 litros montado em Maranello. Nesse propósito, a Ferrari disse que o seu novo V6 não tem qualquer relação com o motor Nettuno usado pela Maserati.

A Ferrari prepara a apresentação de três modelos até ao final de 2023, incluindo o SF90 com o sufixo “LM” (‘Le Mans’) e o substituto do 812 Superfast. O primeiro EV deve chegar em 2025, e Benedetto Vigna revelou, durante a mesma conferência, que o “edifício eletrónico” onde o carro de emissão zero será montado vai ficar pronto em junho.

Os híbridos plug-in 296 GTB/GTS e SF90 Stradale/Spider sinalizaram o vento da mudança na Ferrari – apenas 40% dos modelos ainda terão uma configuração ICE pura até 2026, com 55% de híbridos e 5% por EV. Em 2030, vai representar apenas 20%, com híbridos e carros elétricos a representar 40% cada.

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