Famílias ricas em Portugal aumentaram 16% num ano

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) contabilizou em 2021, ano após o início da pandemia da Covid-19, um total de 21,8 mil famílias cujos rendimentos eram superiores a 80 mil euros brutos por ano, o que significa que estão entra os 1% mais ricos de Portugal. O número representa um aumento de 16% face ao ano anterior.

A contagem é feita pelo Jornal de Negócios, que adianta que estas 21,8 mil famílias foram chamadas a pagar a taxa adicional de solidariedade do IRS.

Os agregados que tinham de pagar esta taxa adicional, aplicada a quem tem rendimentos superiores a 80 mil euros brutos por ano, comparado a 2019 e sem a quebra de rendimentos derivada da pandemia, verificam um aumento de 13%.

A taxa, criada em 2012, tem dois escalões: um de 2,5% para quem aufere entre 80 mil euros e 250 mil euros brutos, e  5% acima deste patamar.

Das 21 818 famílias mais ricas, a esmagadora maioria tem morada fiscal em Portugal continental: 21086. O Fisco adianta ainda que mais de 90% destes agregados que pagaram a taxa adicional de solidariedade no IRS viram-lhes ser aplicada  a taxa de 2.5%.

Foram, segundo os dados da AT, menos de 1500 as famílias que foram chamadas a pagar a taxa adicional de solidariedade no IRS de 5%, aplicada aos rendimentos acima dos 250 mil euros brutos.

No total, as mais de 21 mil famílias mais ricas pagaram, só através desta taxa de solidariedade, quase 57 milhões de euros em 2021, o que representa um crescimento de quase 30% face ao ano de 2020.

Ler Mais