
Exército de Israel deve abandonar sul do Líbano esta terça-feira: líder do Hezzbollah deixa ameaça
Termina esta terça-feira o prazo para a retirada do exército de Israel do sul do Líbano – onde apenas o Exército libanês e as forças de paz da ONU podem ter acesso. Foi inicialmente agendada para 26 de janeiro último, mas viria a ser adiado para hoje, de acordo com os termos de cessar-fogo. No entanto, os militares israelitas solicitaram a manutenção de tropas em cinco postos no sul do Líbano, segundo fontes ouvidas pela agência ‘Reuters’ na semana passada.
O líder pró-iraniano do Hezbollah afirmou que cabe ao Governo libanês pressionar Israel para retirar as suas tropas do sul do Líbano, em conformidade com o novo prazo estabelecido no acordo de cessar-fogo.
“Irael deve retirar-se completamente a 18 de fevereiro, não há desculpa”, afirmou Naïm Qassem, durante um discurso televisivo transmitido pelo canal ‘Al Manar’, do Hezbollah, sublinhando que deve ser o Estado libanês a “fazer tudo o que for possível para forçar Israel a retirar a 18 de fevereiro”.
Entretanto, o exército israelita disse ter realizado novos ataques contra instalações do Hezbollah equipadas com lança-foguetes no Líbano, sem especificar a localização exata.
Qassem afirmou que qualquer presença militar israelita em solo libanês após esta terça-feira seria considerada uma força de ocupação. “Toda a gente sabe como uma ocupação é tratada”, disse Qassem, sem ameaçar explicitamente que seu grupo retomaria os ataques contra Israel.
Após o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza em 7 de outubro de 2023, o Hezbollah pró-iraniano começou a disparar rockets contra Israel a partir do sul do Líbano, alegando que estava a agir em apoio dos palestinianos.
Estes confrontos transformaram-se em guerra aberta em setembro de 2024, mas um cessar-fogo entre as duas partes entrou em vigor no final de novembro.