Kuandyk Bishimbayev, ex-ministro da Economia do Cazaquistão, está a ser julgado pelo homicídio de Saltanat Nukenova, de 31 anos, que foi brutalmente agredida até à morte nas proximidades de um restaurante que pertence à família do ex-ministro: os ataques, registado nas câmaras de vigilância, incluíram murros e pontapés, que viriam a resultar num traumatismo craniano fatal.
A vítima foi encontrada morta em novembro de 2023 num restaurante: Bishimbayev, de 44 anos, foi acusado de torturar e matar a esposa, mas clamou a sua inocência durante várias semanas – somente esta quarta-feira admitiu ter agredido e causado “involuntariamente” a morte da sua mulher, conforme relatou a ‘Associated Press’.
Em causa estão as imagens das câmaras de vigilância, no qual é possível ver-se a vítima a ser arrastada pelo cabelo para depois ser golpeada com murros e pontapés. Depois de ter espancado a mulher, o ex-ministro voltou a entrar no restaurante e sentou-se calmamente a comer uma refeição.
Em março foi noticiado que o assassínio aconteceu porque Nukenova, a terceira mulher do político, ameaçou deixar o marido. As agressões seriam recorrentes, de acordo com a acusação.
O arguido defendeu, numa primeira audição em tribunal, que a esposa tinha morrido por ter batido com a cabeça num lavatório.
Este julgamento do ex-ministro, que em 2018 foi condenado por corrupção e perdoado após cumprir dois anos de sentença, é o primeiro a ser transmitido online no Cazaquistão, um país com cerca de 19 milhões de habitantes. Kuandyk Bischimbayev poderá enfrentar uma pena de 20 anos de prisão. Milhares de pessoas a assinar petições para pedir – ao contrário do que acontece naquele país asiático – penas mais pesadas para a violência doméstica.














