Europa “no epicentro da primeira crise energética global”. Diretor da Agência Internacional de Energia pede contenção à indústria, transportes e famílias

Fatih Birol explicou, esta quinta-feira, que a crise de energia “é sentida em todo o mundo, mas principalmente na Europa”, identificando a dependência dos combustíveis fósseis da Rússia como a principal causa.

Em declarações à ‘Euronews’, à margem da “Conferência Global sobre Eficiência Energética”, o Diretor-Executivo da Agência Internacional de Energia salienta que “receio que o fim da crise não esteja para breve”, explicando que primeiro será preciso tomar medidas para mitigar a crise. A Europa hoje “está no epicentro da primeira crise energética global”.

Birol diz que uma dessas medidas deve ser a utilização mais eficiente da energia em todos os setores, desde os transportes à indústria, passando pelo consumo doméstico.

A guerra na Ucrânia veio restringir a oferta nos mercados de combustíveis fósseis, fazendo disparar os preços do petróleo e do gás natural para níveis máximos e mergulhando a Europa numa conjuntura energética ainda sem uma solução à vista.

Agora que assumiu o compromisso de reduzir a dependência do petróleo russo em 90% até ao final do ano, a Comissão Europeia está a procurar diversificar as suas fontes de energia, designadamente através de um maior investimento em energias renováveis e no desenvolvimento desse mercado no bloco dos 27.

No final de maio, Bruxelas anunciou que plano REPowerEU contempla agora um investimento de 300 milhões de dólares em energias renováveis, embora tenha alertado que seriam necessários uns adicionais 210 milhões para concretizar o abandono total do petróleo russo.

Numa mensagem publicada no Twitter, Fatih Birol garante que “a eficiência pode responder em simultâneo às atuais crises económica, energética e climática”.

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