EUA divulgam vídeo de interceção perigosa de avião russo por caça norte-americano na costa do Alasca

O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) divulgou recentemente um vídeo que mostra uma interceção considerada perigosa e pouco profissional por parte de um avião russo ao largo da costa do Alasca. O incidente ocorreu na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ), uma área que continua a ser considerada espaço aéreo internacional, mas que é monitorizada por forças norte-americanas.

O vídeo, filmado a partir de um caça F-16 dos Estados Unidos, mostra um bombardeiro russo Tu-95 a voar na zona monitorizada. Em seguida, um caça russo Su-35, uma das aeronaves mais avançadas da Força Aérea russa, aparece em cena. O Su-35 aproxima-se rapidamente do F-16, chegando muito perto da aeronave norte-americana antes de cortar à frente, atravessando de forma abrupta da esquerda para a direita.

Este tipo de manobra, pela sua natureza arriscada, foi alvo de crítica por parte do comandante do NORAD. “O avião russo atuou de forma insegura, pouco profissional e perigosa para todos, e não como uma força aérea profissional voa e opera,” declarou o oficial do NORAD, denunciando a conduta do piloto russo como imprudente.

Crescimento das atividades russas na região

Ao longo das últimas semanas, tem havido um aumento do número de voos de aeronaves russas na Zona de Identificação de Defesa Aérea do Alasca. Em julho, registou-se um evento inédito, com aviões russos e chineses a operarem conjuntamente na ADIZ do Alasca, um facto que foi monitorizado com atenção pelas autoridades norte-americanas. Este aumento de atividades na região levantou preocupações sobre a intensificação das operações militares por parte de Moscovo e Pequim nas proximidades do território norte-americano.

Embora o NORAD tenha por prática monitorizar e acompanhar voos que entram na ADIZ, a frequência e a natureza destes voos têm sido motivo de atenção redobrada. O recente incidente com o Su-35 representa mais um exemplo do comportamento agressivo e provocador que tem sido observado em algumas operações de aviões russos.

O episódio de interceção com o caça Su-35 ocorreu apenas duas semanas depois de os Estados Unidos terem enviado reforços militares para a região do Alasca, numa medida destinada a proteger as suas forças face ao aumento das atividades militares russas e chinesas na área. Esta decisão dos EUA veio no seguimento de exercícios conjuntos entre Rússia e China que aumentaram as tensões na zona, levando a uma maior presença militar norte-americana para garantir a segurança e a soberania do espaço aéreo.

Inicialmente, quando as autoridades norte-americanas anunciaram a interceção, não foi imediatamente mencionada a manobra perigosa do avião russo. Contudo, a divulgação do vídeo forneceu provas visuais do comportamento arriscado do Su-35 durante o encontro com o F-16.

Este tipo de interações entre aviões russos e norte-americanos na região do Alasca é, na verdade, relativamente comum. No entanto, a natureza da interceção recente, com o caça russo a agir de forma perigosa e pouco profissional, representa uma escalada preocupante que poderá aumentar ainda mais as tensões entre os dois países.

O NORAD, responsável pela monitorização e proteção do espaço aéreo norte-americano e canadiano, continuará a acompanhar de perto as atividades na ADIZ do Alasca, procurando garantir que qualquer incursão de aviões estrangeiros seja identificada e monitorizada para evitar incidentes que possam colocar em risco a segurança aérea.

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