Estudo DBRD Morningstar: as perspectivas do financiamento estruturado europeu para 2020
O ano 2020 acabou de começar e o mercado europeu de securitização – transformação de dívidas em investimento – ainda tem muito para dar nos próximos 11 meses.
Por esse motivo, o DBRD Morningstar publicou um estudo, no qual revela as perspectivas anuais para este ano, relativas ao financiamento europeu, bem como aos títulos cobertos, enumerando algumas temáticas que podem ter influência no panorama financeiro.
Começam a ser notados alguns sinais precoces de fraqueza no crédito, ainda que para já não sejam uma preocupação, devem ser monitorizados. Algumas taxas permanecem baixas devido à política de harmonização financeira quantitativa (‘quantitave easing’), mantida na Europa. Existe a necessidade de continuar a implementar uma economia sustentável nos mercados de capitais. O risco geopolítico continua bastante elevado, apesar das eleições no Reino Unido e do progresso de um acordo comercial entre os Estados Unidos e a China.
A introdução de novos regulamentos, no início do ano passado, funcionou como uma espécie de teste para os mercados de securitização europeus. Olhando para 2020, os desafios continuam a existir, contudo, segundo a pesquisa, é possível acreditar que o mercado de securitização «real», onde o produto é utilizado para financiamento e não apenas para liquidez, vai continuar no próximo ano, mesmo que ainda existam alguns obstáculos para ultrapassar.
De forma global, em toda a Europa, o equilíbrio de riscos dentro das garantias de securitização está em desvantagem. De acordo com o DBRD Morningstar, o forte desempenho da maioria dos sectores até ao momento, vai começar a ser revertido. Nessa questão, se existir alguma deterioração, será provavelmente mais demorada, mas sem gravidade.
Os autores do estudo ressalvam que o mercado ainda vai enfrentar em 2020 muitos dos desafios do ano anterior. Algumas economias europeias continuam a demonstrar sinais de fraqueza, enquanto que outras estão ainda a trabalhar com os seus empréstimos vencidos. A política de harmonização financeira quantitativa mantém-se e o Brexit vai continuar a colocar questões para o futuro.