
Estes dispositivos em ‘modo de espera’ podem custar até 180 euros por ano. Saiba como parar de desperdiçar dinheiro (e energia)
Deixar os aparelhos eletrónicos em modo de espera durante a noite pode parecer inofensivo, mas representa um custo significativo na fatura da eletricidade. Segundo cálculos divulgados pelo portal francês Farmitoo, com base em dados da operadora de rede elétrica Enedis, cerca de 70% dos lares franceses mantêm rotineiramente televisores, computadores e outros dispositivos ligados em standby, desperdiçando até 180 euros por ano sem se aperceberem.
O hábito é comum: ao final do dia, um simples clique no comando da televisão ou no botão do monitor do computador, seguido de uma ida para a cama. No entanto, apesar de parecerem desligados, muitos desses aparelhos continuam a consumir energia em modo de suspensão — um consumo invisível mas acumulativo, que pode representar até 10% da fatura energética anual de uma casa.
A consciência deste desperdício começa a ganhar força entre os consumidores. Martine, residente em Lyon e mãe de dois filhos, partilhou a sua experiência com o portal Farmitoo: “Não pensei que deixar os meus dispositivos em modo de espera pudesse ter tanto impacto na minha fatura”, afirmou. “Foi apenas depois de receber uma conta particularmente elevada que decidi mudar os meus hábitos”.
Tal como Martine, milhões de utilizadores continuam a negligenciar os efeitos dos chamados “consumos fantasmas” — a energia usada por aparelhos que, embora aparentemente desligados, continuam a gastar eletricidade por estarem conectados à corrente.
Como evitar este desperdício de energia?
A boa notícia é que há soluções simples e acessíveis para cortar este consumo desnecessário. A recomendação mais eficaz passa pela utilização de réguas múltiplas (também conhecidas como extensões ou ladrões) com interruptor integrado. Ao ligar vários dispositivos à mesma régua, o utilizador pode desligá-los completamente com um só botão, evitando que permaneçam em standby durante toda a noite.
Esta mudança de hábito não exige grande investimento nem alterações estruturais à instalação elétrica da casa. Trata-se, essencialmente, de uma pequena ação quotidiana com impacto significativo, tanto na preservação de energia como na carteira dos consumidores.
Além de televisores e computadores, também os carregadores de telemóveis são apontados como uma das fontes de consumo passivo. Mesmo sem estar ligados a um dispositivo, continuam a consumir energia se permanecerem na tomada.
Uma mudança simples, um ganho real
Segundo a empresa francesa Enedis, responsável pela gestão da rede de distribuição elétrica em França, a consciencialização dos consumidores para este tipo de desperdício é crucial, sobretudo num contexto de aumento generalizado dos custos energéticos. Reduzir o tempo que os aparelhos permanecem ligados sem necessidade é uma das formas mais diretas de poupar energia sem comprometer o conforto doméstico.
Com a energia elétrica a representar uma fatia cada vez maior dos encargos mensais das famílias, desligar aparelhos da corrente ao final do dia — ou, mais eficazmente, cortar o fornecimento através de uma régua — pode traduzir-se numa poupança anual que ronda os 180 euros, segundo os cálculos apresentados.
A lição é clara: no final do dia, desligar não é apenas uma questão de rotina — é uma decisão com impacto real no orçamento familiar.