Esteja atento e saiba como identificar um azeite falsificado

Numa altura em que o preço do azeite não pára de aumentar, escalando para níveis recorde, aumentam também as práticas fraudulentas no comércio do produto. Recentemente, a ASAE tem desmontado diversos esquemas de falsificação de azeite por todo o país. Desde a venda ilegal de garrafões sem qualquer rótulo, à comercialização de óleo de bagaço de azeitona como azeite virgem extra.

Mas como saber se o azeite é falso?
O azeite extravirgem adulterado é aquele em que o sumo da azeitona é diluído em outros óleos, como o de soja. A forma mais simples de saber se o produto que você comprou é falso é através do aroma. O extravirgem é produzido com azeitonas frescas, logo, tem um cheiro semelhante ao fruto. Se notar um aroma parecido com óleo de cozinha, há grandes hipóteses do seu azeite ser falso.

Outra maneira de descobrir a veracidade do azeite é congelar um pouco numa forma de gelo. Se ficar consistente e com cor de manteiga, é um azeite extravirgem. Se não congelar e ficar pastoso e embranquecido, certamente é falso. Isto porque o azeite adulterado costuma ter óleo de soja na sua mistura, o que impede que congele.

Dicas para não cair no golpe da falsificação do azeite

  • Se o preço do azeite estiver muito abaixo da média de mercado, é motivo para desconfiar. A produção de azeite de qualidade tem os seus custos, e preços muito baixos podem indicar adulteração.
  • Evite azeites que usam termos como “tempero português” ou “tempero espanhol”. Um azeite  genuíno não é classificado como “tempero”.
  • A data de produção, o local de origem e a procedência são indicadores de autenticidade. Produtos genuínos tendem a exibir essas informações de forma transparente.
  • As marcas conhecidas têm uma reputação a manter. Optar por elas diminui as hipóteses de adquirir um produto falsificado.
  • Azeites com certificações como Denominação de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP) passaram por rigorosos controlos de qualidade e autenticidade

Azeites adulterados fazem mal à saúde?
O consumo de azeites adulterados não representa uma ameaça direta à saúde. O grande problema do está no facto de os consumidores serem enganados, afinal, compramos o produto a acreditar ser um azeite original. Além disso, as versões falsas não possuem a mesma composição de nutrientes. Logo, não oferecem os benefícios alimentares de um azeite verdadeiro.

Outras dicas:

  • A cor do azeite não é sinal de qualidade. Os mais esverdeados são feitos a partir de azeitonas mais verdes e os mais amarelados indicam que provêm de azeitonas mais maduras.
  • Não se guie apenas pela acidez, pois este aspeto representa apenas um entre muitos parâmetros de qualidade do azeite.
  • Em casa, guarde o azeite num local escuro com rolha esmerilhada e não demore muito a consumi-lo.
  • Conserve o azeite em garrafas de vidro escuro ou de aço inoxidável, evitando o contacto com a luz. As de plástico não são recomendáveis devido ao risco de migração de certos compostos para o azeite.
  • Guarde o azeite num local de conservação fresco e seco, longe da luz e do calor, evitando baixas temperaturas (pode ficar turvo e solidificar, o que dificulta a utilização). Afaste a garrafa de cheiros intensos, como especiarias.

 

 

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