Este país europeu paga quase 3.000 euros por mês aos reformados – e não é o que está a pensar

As pensões de reforma continuam a ser a principal fonte de rendimento para milhões de idosos na Europa, mas os valores pagos variam significativamente entre países, revelam dados recentes do Eurostat e da OCDE.

Ao olhar para a União Europeia, a pensão média anual situa-se nos 16.128 euros, o que corresponde a cerca de 1.345 euros mensais, revela o ‘elEconomista’.

O Luxemburgo lidera entre os Estados-Membros da UE com as pensões mais elevadas, onde os aposentados recebem, em média, 31.385 euros por ano (aproximadamente 2.653 euros por mês). Na extremidade oposta, a Bulgária apresenta o valor mais baixo dentro da UE, com 3.611 euros anuais.

No entanto, quando se incluem países fora da UE, como os candidatos à adesão e membros da Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA), as diferenças tornam-se ainda mais acentuadas. A Albânia destaca-se como o país europeu com as pensões mais baixas, com apenas 1.648 euros por ano, ou cerca de 137 euros mensais. Por outro lado, a Islândia oferece aos seus reformados cerca de 36.000 euros anuais (quase 3.000 euros mensais).

Os países nórdicos, como Noruega, Dinamarca, Suécia e Finlândia, apresentam pensões médias anuais superiores a 20.000 euros, com a Noruega e Dinamarca ultrapassando os 30.000 euros.

Outros países do leste europeu também registam pensões bastante baixas, como Turquia (2.942 euros por ano), Bósnia e Herzegovina (3.041 euros), Sérvia (3.486 euros) e Montenegro (3.962 euros), que apenas supera a Bulgária por uma pequena margem.

A análise evidencia uma clara divisão entre a Europa Ocidental e os países do Leste, com os primeiros a pagar pensões significativamente mais elevadas. Os países do Sul da Europa ficam numa posição intermédia, com valores mais baixos que os nórdicos, mas acima dos do leste.

Esta disparidade está na origem de preocupações crescentes quanto ao risco de pobreza e exclusão social entre os idosos, que, segundo o Relatório de Adequação das Pensões de 2024 da Comissão Europeia, afeta mais de 18,5 milhões de pessoas com mais de 65 anos na UE — ou seja, mais de 20% desta população.