Estão os EUA prontos para fazer as pazes com a Huawei?

Dentro de apenas duas semanas, as empresas norte-americanas poderão receber luz verde para restabelecer as parcerias comerciais com a Huawei. De acordo com um senior official do governo, citado pela agência Reuters, o país poderá aprovar licenças nesse sentido ainda este mês.

Recorde-se que a Huawei tinha sido adicionada uma lista do Departamento de Comércio que proíbe empresas dos EUA de lhe fornecer componentes e serviços a menos que consigam uma licença. Licença esta que, na maioria dos casos, seria negada. No entanto, Wilbur Ross, secretário do Comércio, adianta que serão emitidas licenças caso não se verifique nenhuma ameaça à segurança nacional. Para esta mudança terão contribuído as tréguas firmadas entre Donald Trump e o homólogo chinês Xi Jinping, no final de Junho.

No ano passado, dos 70 mil milhões de dólares (62 mil milhões de euros) gastos pela Huawei na aquisição de componentes, perto de 11 mil milhões de dólares (9,75 mil milhões de euros) tiveram como destino empresas norte-americanas – incluindo Qualcomm, Intel e Micron.

Cortes a caminho

Apesar de a guerra entre os EUA e a Huawei parecer abrandar, a tecnológica chinesa planeia cortar postos de trabalho na sua subsidiária no outro lado do Atlântico. Fontes citadas pelo The Wall Street Journal indicam que os despedimentos deverão afectar funcionários na Futurewei Technologies, empresa que emprega aproximadamente 850 pessoas em estados como Texas, California e Washington.

Alguns dos funcionários já foram notificados da rescisão dos contratos, mas não se sabe a extensão da onda de despedimentos. A alguns dos colaboradores chineses foi dada a opção de regressaram a casa e, assim, continuar a trabalhar para a companhia.

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