“Esclarecer até às últimas consequências”: Montenegro defende que fuga de Vale de Judeus “não devia ter acontecido”

Luís Montenegro garantiu que a fuga dos cinco presos de Vale de Judeus, em Alcoentre, “não devia ter acontecido e é preciso esclarecer até às últimas consequências”, salientando que o ‘timing’ escolhido pela ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice’, foi necessário.

“Creio que a senhora ministra foi particularmente eficiente e conclusiva na apreciação do Governo neste processo lamentável, que não devia ter acontecido e é preciso esclarecer até às últimas consequências”, indicou o primeiro-ministro, em São Bento.

“Mas também teve ocasião de dizer por que é que o Governo aguardou pela informação necessária para tomar uma posição. E acho que isso é uma coisa que todos devemos apreciar. Há aqueles que são mais rápidos e precipitados a tirar conclusões, nós respeitamos. Agora um Governo deve falar quando tem os elementos mais relevantes para o fazer. Demorou três dias, se tivesse demorado dois teria sido melhor desse ponto de vista, mas se tivesse demorado quatro teríamos esperado… o que era importante era termos perfeita noção do que aconteceu”, referiu Luís Montenegro.

O primeiro-ministro destacou ainda não ter dúvidas nenhumas “de que Portugal é um dos países mais seguros do mundo”. “Mas quer dizer que tapamos os olhos ou nos escondemos na areia perante alguns sinais preocupantes em questões de segurança, é evidente que não. Estamos a fazer esse esforço, sabendo que é preciso dizer às pessoas que há razões para manter a tranquilidade, por um lado, e por outro significa que estamos atentos aos fenómenos criminais que mais preocupam as pessoas”.

Luís Montenegro foi ainda questionado sobre o Orçamento do Estado para 2025, depois de o Chega ter exigido que o Governo afastasse o PS das negociações.

“Os portugueses esperam que na política se faça o mesmo que no desporto: todos a remar para o mesmo lado, que todos corram para alcançar o melhor resultado possível. A expectativa dos portugueses é ter um OE aprovado, e evitar a todo o custo que haja instabilidade política em Portugal, que se possa repercutir dificuldades acrescidas para a vida das pessoas.Este esforço estamos a fazê-lo com todos [os partidos políticos], foi o que prometemos”, concluiu o primeiro-ministro.

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