Entre bazucas e disparos monetários europeus, IGCP troca as voltas à maturidade da dívida

O IGCP, o instituto que gere a dívida pública e a Tesouraria do Estado português, está a aproveitar os estímulos económicos e monetários europeus, “para se financiar a baixos custos (e com maturidades mais longas), bem como para reembolsar antecipadamente títulos mais caros”, avança o Jornal de Negócios.

“Na rotação que tem sido feita, bem como na emissão de novas obrigações de tesouro, o IGCP procurou alongar as maturidades da dívida nacional, retirando peso às maturidades mais curtas que vencem nos próximos anos. Este processo tem sido realizado a taxas historicamente baixas e em alguns casos até negativas, o que é benéfico para a redução do custo médio do serviço da dívida”, explica Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, em entrevista à publicação económica do grupo Cofina.

Os países foram obrigados a recorrer ao mercado de capitais para garantir a liquidez das contas. O BCE respondeu ao chamado e criou o PEPP, o Programa de Emergência de Compra de Ativos, que vários governadores, inclusive Christine Lagarde já avisaram prometer esboçar uma réplica, a partir de março, para quando este plano acabar, e um mecanismo de compra de obrigações na zona euro de 20 mil milhões de euros mensais.

“O custo da gestão do “stock” da dívida fixou-se em 2,2% em 2020 (menos 0,3 pontos percentuais do que no ano anterior), enquanto as novas emissões em mercado primário custaram, em média, 0,5%. Este ano, os receios em relação à inflação e ao calendário de retirada de estímulos levou a um agravamento generalizado nos mercados e colocou a média entre janeiro e agosto nos 0,6%”, acrescenta o Negócios.






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