Ensaio. Toyota Corolla: o upgrade que faltava

A Toyota quis dar a conhecer o recente restyling que operou no Corolla nesta 12ª geração que foi lançada em 2019.

E as mudanças são subtis. Mais ao nível do formato dos pára-choques e no desenho dos faróis dianteiros e traseiros.

Este não é um modelo qualquer pois desde que foi lançado em 1976 foi somando prémios, sendo considerado o modelo mais vendido no mundo com mais de 50 milhões de unidades. É por isso com redobrado cuidado que a marca quis atualizar este modelo que, a título de exemplo em 2022, foi o segundo mais vendido neste segmento.

Além das atualizações exteriores, o Corolla recebeu também um novo painel de instrumentos digital, várias atualizações ao nível do sistema de infotainment e também sobre o sistema de segurança do modelo. Mais relevantes foram as atualizações ao nível da adaptação do mesmo ao condutor europeu, baseado no tipo de estrada e mesmo na maior presença de rotundas.

Foi também foi possível colocar uma bateria 14% mais potente e também, em igual valor, mais pequena, o que traz óbvios benefícios em termos da condução dado o menor peso e implicitamente menor consumo.

Na habitual conferência de imprensa a marca referiu também que vão continuar a existir as duas motorizações 1.8 e 2.0 sendo que esta última acaba por ser penalizada em termos fiscais, muito embora a diferença de potencial seja de 56 cv (140 para 196) seja assinalável.

O percurso que a marca definiu passou por uma utilização em autoestrada e depois em estrada até à casa Cadaval e, neste percurso deu para perceber mais algumas características do modelo que se apresenta confortável, com o ruído das acelerações numa caixa de variação contínua diminutos.

Sente-se também uma melhoria na qualidade percebida e sentida dos materiais e dos vários plásticos moles disponíveis em muitas partes do habitáculo mas sobretudo na arte dos japoneses em continuar a saber fazer excelentes automóveis.

Por vezes, mas é um defeito pessoal sou tentado a ensaiar o veículo no modo de condução que habitualmente utilizaria se fosse o dono da viatura, ou seja, o modo eco. E, nesse capítulo satisfez-me em pleno. Alia a rapidez necessária, boa qualidade, conforto e um comportamento muito interessante que permitiu perceber a qualidade do chassis e da direção que filtra muito bem a estrada e, ao mesmo tempo, nos transmite o seu estado real.

Por isso, somente utilizei o modo Sport sentir as diferenças – que existem – mas que em ambiente real provavelmente só usaremos algumas vezes.

Neste ensaio distraí-me por duas vezes no percurso o que me obrigou a tentar compensar o tempo perdido em autoestrada e numa estrada nacional o que também me permitiu comprovar ainda melhor as boas qualidades deste modelo em termos de comportamento, conforto, qualidade percebida e sentida dos materiais e também em termos de consumo que, no caso foi de 6.4 l aos 100.

A Versão 1.8 tem um preço aproximado de €34.000 e a versão Sports Tourer acresce €500.

Mas a nota talvez mais importante era que esta quinta geração híbrida passa a ter uma vantagem competitiva enorme face a concorrência: 10 anos de garantia ou 200.000 km.

Ler Mais