Endesa ganha menos 14% até setembro penalizada pela subida dos preços da energia elétrica
Os resultados trimestrais da Endesa foram penalizados pelo aumento dos preços da eletricidade. Entre janeiro e setembro, a empresa liderada por José Bogas registou um lucro de 1.459 milhões de euros, um valor 14% inferior ao do mesmo período do ano anterior, segundo o ‘Cinco Días’.
Dado que a Endesa vende mais energia do que produz, precisa de comprar eletricidade no mercado, por isso beneficia quando os preços caem, mas é prejudicada se estiverem altos, como tem acontecido nos primeiros nove meses do ano.
De acordo com a empresa, toda a geração de base própria – hidroelétrica, nuclear e renovável - não regulada é vendida antecipadamente para cobrir contratos de preço fixo com clientes industriais e residenciais a preços muito inferiores aos atualmente fixados.
Assim, 100% da produção própria para 2021 já está coberta com vendas a termo e no final de setembro já cobriu 88% da geração prevista para o próximo ano.
Contudo, apesar do contexto atual, a empresa revela que permitirá aos clientes poupar 3,3 mil milhões de euros neste ano.
“Estamos cientes das dificuldades enfrentadas por muitos consumidores domésticos e industriais devido aos elevados custos da energia. E por isso estamos abertos ao diálogo com a Administração para encontrar as soluções mais eficientes para este contexto conjuntural ”, afirmou o presidente da Endesa, José Bogas.
Ainda assim, a empresa registou um EBITDA de 3.125 milhões de euros, 4% acima do registado que nos primeiros nove meses do ano passado, confirmando os objetivos financeiros fixados para todo o ano.