Empresas familiares: Gerações anteriores não querem reformar-se e gerações mais novas veem nisso um problema para o negócio
Os novos futuros empresários sentem-se hoje mais envolvidos nos negócios de família do que antes da pandemia, mas 45% consideram que ainda é difícil alcançarem lugares nos Conselhos de Administração.
O estudo “Global NextGen 2022”, realizado pela consultora PwC, revela que um terço da próxima geração que liderará as empresas familiares sente que a atual geração não está devidamente ciente dos riscos nem das oportunidades representadas pelas tecnologias digitais.
No plano da sustentabilidade e dos princípios ESG (sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e boa governança corporativa), 75% dos futuros líderes empresariais assumem responsabilidade pelo combate às alterações climáticas, frente aos 50% da atual geração. Ainda, 64% das novas gerações está confiante de que a sua empresa tem capacidade para liderar em matéria de sustentabilidade.
Cerca de 57% dos respondentes mais novos apontam que a resistência da atual geração em reformar-se representa um problema para a empresa, mas 36% diz que o nível de comunicação entre as gerações melhorou desde o período pré-pandemia.
Apesar das diferenças, num ponto há consenso. Todas as faixas etárias nas empresas familiares têm como uma das suas principais prioridades fazer crescer o negócio.
No que toca à igualdade de género, 35% dos elementos do sexo feminino das novas gerações acredita que os seus familiares do sexo masculino têm mais hipóteses de poder vir a liderar o negócio. Esta perceção é corroborada por 41% dos respondentes do sexo masculino, que reconhecem que os homens terão uma maior representatividade na futura gestão do negócio familiar.
As gerações mais novas partilham da opinião de que é fundamental esbater as desigualdades de oportunidade entre homens e mulheres no seio das empresas familiares.